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Mostrando postagens de agosto, 2022

A SERVIDÃO ELETRÔNICA

A cada dia que passa vemos cada vez mais o nosso dia a dia sendo invadido, em todos os seus meandros, em cada uma das suas facetas, por toda ordem de quinquilharias tecnológicas e, a presença das mesmas, vem impactando das mais variadas formas possíveis as nossas vidas.   Alguns desses impactos são inegavelmente positivos. Não apenas isso. Eles são bem-vindos. Porém, todavia e, entretanto, há inúmeros outros que indiscutivelmente são tremendamente nocivos e, para infelicidade de todos nós, eles vieram para ficar e, por isso, temos que, urgentemente, aprendermos a lidar com esses entreveros e superá-los.   De todos os malefícios que os trambolhos tecnológicos [que cabem na palma da nossa mão] nos trouxeram, provavelmente o mais severo de todos é o fato de que muitas, muitíssimas pessoas, estão se habituando a apenas desejar aquilo que pode ser oferecido pelas ditas cujas das novas tecnologias.   E se isso já não fosse o bastante, essas mesmíssimas pessoas, com suas taras modernosas, que

A DITADURA DOS OFENDIDOS

Penso que devemos procurar não ofender intencionalmente ninguém, da mesma forma que devemos procurar não nos ofender com facilidade por qualquer coisa.   Uma observação simples, curta e direta que, certa feita, foi realizada por Bruce Lee que, além de exímio artista marcial, também era um grande conhecedor tanto do taoísmo quanto do confucionismo.   Se não temos a intenção de ofender, mas tão somente o objetivo de dizer aquilo que pensamos a respeito de algum assunto, digamos o que tem que ser dito sem medo, pois se ficarmos temerosos da reação dos “ofendidinhos” engajados acabaremos, cedo ou tarde, fechando as portas da nossa alma para a luz da verdade, porque, como todos nós bem sabemos, o medo nunca foi, e nunca será, um bom conselheiro.   Do mesmo modo, não devemos entrar nessa “vibe” de hipersensibilidade, que é capaz de ver microagressões até mesmo num gesto gentil é, obviamente, esse tipo de atitude também é um baita obstáculo para podermos seguir nossa jornada pelo caminho que

ZERO, OU MENOS QUE ISSO

É importante procurarmos, ao final de cada dia, realizarmos um bom exame de consciência para avaliarmos em que nos aprimoramos, no que nos avacalhamos e, é claro, em que medida fizemos uma e outra coisa.   Para fazermos um bom exame de consciência é preciso que levantemos algumas perguntas que, necessariamente, nós mesmos teremos que respondê-las.   Muitas são as perguntas que podemos realizar a nós mesmos para analisarmos a nossa pessoinha e, de todas elas, creio que duas não podem, de jeito maneira, serem colocadas para escanteio.   A primeira, que deveríamos levantar, no silêncio do nosso coração, ao final de todo santo dia, seria: o que eu aprendi hoje? Ao fazermos essa perguntinha é importante que tenhamos um pequeno caderno para anotarmos em suas páginas o que foi aprendido por nós, como se esse fosse um “diário”, ou um “livro-caixa”.   A segunda questão: o que eu deixei de aprender hoje? Essa danada, se devidamente meditada, irá nos apresentar os inúmeros subterfúgios que nós cr

O PÓ DA VANGLÓRIA

Sem dúvida alguma existem inúmeras situações trágicas que acabam por emaçarocar a vida humana. De todas elas, há duas que, realmente, se fazem muitíssimo presentes na vida de incontáveis indivíduos. Na verdade, elas se fazem presentes na vida de praticamente todos nós.   A primeira é a de vermos a vida passar e não conseguirmos alcançar a alegria de termos os nossos desejos, aqueles trens que tanto amamos, serem realizados. Pois é. E isso, de certa forma, acaba nos desconcertando pra caramba.   A segunda é vermos os nossos amados e idolatrados desejos serem realizados por nós e isso, também, acaba sendo, em alguma medida, tremendamente desalentador.   E, assim o é, porque passamos boa parte dos nossos dias voltando o nosso coração para desígnios que, ao invés de elevarem a nossa alma, a apequenam. Ao invés deles, os nossos quereres, arrastarem o nosso olhar para o alto, terminam, incontáveis vezes, esfregando a nossa cara no chão seco e empoeirado da nossa miséria demasiadamente humana

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 12)

Existem livros bem escritos e obras mal realizadas, da mesma forma que há bons e maus leitores. Um livro mal escrito dificilmente fará mal a alguém, mas uma chusma de maus leitores, com toda certeza o fará, e não será apenas para si.   #   #   #   A criatividade é algo raro. Muito raro. Tão raro quanto a santidade e o heroísmo.   #   #   #   Estamos sempre muito mal preparados para entender, mas nos sentimos tremendamente dispostos e confiantes para julgar aquilo que não queremos compreender.   #   #   #   As melhores ideias, que podem germinar em nossa cabeça de vento, na maioria das vezes acabam esbarrando, caindo e se esmigalhando, em nossa pressa infantil de querer chegar logo numa conclusão estupidamente improvisada.   #   #   #   Que Deus nos proteja da tentação de querermos ser originais.   #   #   #   Saber viver é aceitar que podemos, a qualquer momento, ser surpreendidos pelo acaso, e que podemos ter todas as nossas expectativas esmagadas por ele, num piscar de olhos.   #   #

A EXPRESSÃO CRISTALINA DE UM MAL

Ler é uma arte. Uma arte que, se tivermos esmero, dedicaremos nossa vida inteira para aprimorá-la. Todo bom leitor sabe disso e aceita essa realidade com grata alegria.   Sim, existem boleiras de pessoas que leem por ler. Também há outras que o fazem apenas para se informar superficialmente a respeito de qualquer coisa, só para ter o que falar nas rodas de prosa, sejam esses círculos infernais presenciais ou digitais. E, é claro, há muitos que apenas dizem que leem e que gostam do babado, mas não leem nadica de nada e não gostam nem um pouco daqueles que se dedicam a esse paranauê.   Porém, existem aqueles que leem para dilatar a sua capacidade de compreensão, para ampliar o horizonte da sua imaginação, para aprofundar o seu poder de avaliação e, é claro, para inspirar-se com novos ares e vislumbrar nossas possibilidades.   Para tanto, para ler com o intento de atingir tais objetivos, não se pode ter pressa, nem afobação, nem raivinha, senão a gente vira o pote e faz aquela lambança. H

O IRRACIONAL SEMPRE É O OUTRO

É incrível como incontáveis indivíduos querem parecer “racionais” perante tudo e todos e, ao tentarem fazer isso, acabam por perder a cabeça, as estribeiras e tudo o mais.   Aliás, sempre que estamos dirigindo o nosso troteado por esse caminho, de querermos aparentar uma suposta superioridade “racional”, invariavelmente acabamos [maliciosamente] encenando aquela pose de humildade fingida.   Se nós agimos dessa forma, na verdade, bem na verdade, é porque nós somos uma pessoa à beira do desespero que, por medo da vida e da verdade, acabamos nos amarrando a uma única ideia furada, nos prendendo a uma ideologia torta qualquer. Desse modo, tudo aquilo que não se enquadrar na estreiteza do nosso olhar oblíquo, acaba sendo visto por nós como uma reles expressão de “irracionalidade”.   Por estarmos agarradinhos a uma suposta tábua de salvação, acabamos crendo que o irracional será sempre o outro; nós, que medimos tudo e todos com uma mesma tosca régua ideológica quebrada, nunca.   E esse tipin

A MESQUINHEZ NOSSA DE CADA DIA

Querer ser compreendido é algo que muitas pessoas, mas muitas pessoas mesmo, desejam com todas as forças do seu ser e, sou franco em dizer, querer profundamente isso não é algo que nos faz bem. Nem para o corpo, nem para a pele e muito menos para a alma.   Aliás, todos aqueles que conhecem e rezam a oração de São Francisco de Assis, devem de se lembrar que um dos últimos pedidos que fazemos a Deus, quando a recitamos, é para que sejamos mais capazes de compreender do que querermos ser compreendidos.   Todas as vezes que procuramos nos conformar com as expectativas alheias, sem nos darmos conta, acabamos apequenando o nosso ser ou, como diria Nelson Rodrigues, quando nos sujeitamos a esse papel, terminamos por nos acanalhar e, desde que o mundo é mundo, acanalhar-se nunca foi uma boa opção.   A grandeza de uma vida não está em procurarmos a aprovação cínica e aviltante das multidões, mas sim, em nos esforçarmos para viver de acordo com a vontade de Deus. A grandeza reside em procurarmos

O ALARIDO DA VIDA INTERIOR

Muitos afirmam, com orgulho, que são pessoas livres, conscientes e, é claro, críticas. E afirmam isso publicamente, em toda e qualquer ocasião que lhes pareça propício ostentar essas palavrinhas "mágicas".   Seja como for, é de fundamental importância que estejamos cônscios de quem somos e, principalmente, de quem devemos ser. Dito de outro modo: devemos saber qual é o nosso princípio e para qual fim devemos dirigir os nossos passos em nossa caminhada por esse mundão de Deus.   Se não sabemos responder essa pergunta de uma forma minimamente satisfatória, a palavra liberdade, com toda a sua formosura, será apenas mais uma palavra esvaziada de sentido, presente em uma vida criticamente desprovida de propósito.   Vemo-nos, muitíssimas vezes, perdidos em nós mesmos, em meio a pensamentos sem cabeça, ideias sem pé e impressões imprecisas que ficam num empurra-empurra sem fim em nossa cumbuca. Empurra-empurra esse que acaba bloqueando nossa percepção e tolhendo a nossa capacidade d

MEROS PEÕES DESCARTÁVEIS

Devemos estar sempre atentos e vigilantes e, mesmo assim, corremos o risco de acabar cometendo algum tipo de desatino em alguma ocasião.   É importante abrirmos bem os nossos olhos quando estivermos diante daqueles caiporas que dividem as pessoas entre aqueles que são seus amigos e, é claro, os outros que são rotulados como “nossos inimigos”.   Via de regra, tais figuras maliciosamente carimbam como “nossos inimigos” qualquer um que contradiga os seus planos e, por isso, no entender deles, deveriam ser de forma inclemente varridos para bem longe, muito longe.   Obviamente que, para a realização dessa vil empreitada, não serão essas figurinhas cínicas que irão sujar as suas mãos na empreitada de destruir a vida de pessoas que apenas apresentaram um ponto de vista divergente.   Nada disso. Quem realizará essa tarefa maquiavélica serão aqueles que eles chamam de “seus amigos”, “companheiros”, ou algo similar.   Pois é, todo bom entendedor sabe muito bem que os “amigos”, “companheiros” e “

REFLETINDO A PARTIR DA ORAÇÃO DOMINICAL # parte 07

A virtude mais elogiada e a menos cobiçada é essa tal de humildade. Sim, nós dizemos para nós mesmos que gostaríamos de ser mais humildes, mas, se formos francos, iremos admitir que, infelizmente, acabamos parando no íamos e não seguimos em frente.   Como todos nós sabemos muito bem, a referida virtude nos convida a reconhecermos claramente quem, de fato, nós somos perante os nossos semelhantes, frente ao mundo e, é claro, diante de Deus. E saber isso dói. Dói porque a humildade nos faz regressar ao duro solo da realidade, deixando-nos com a cara no chão. Por isso fugimos dela.   De forma clara e direta, Nosso Senhor deixou-nos muito claro o que é um coração orante e humilde, com a parábola do publicano e do fariseu (Lucas XVIII, 9 – 15).   Nos sentimos enternecidos com a prece feita pelo publicano que, discretamente, no fundo do templo, reconhece a enormidade de sua miséria humana. Não apenas nos sentimos comovidos, como também repetimos, com maior ou menor frequência, as palavras dit

MUITO ALÉM DO MUNDO DA LUA

Somos nós que dirigimos o nosso olhar, tendo em vista que o foco da nossa atenção, em última instância, depende exclusivamente da direção que iremos dar a ela.   Para que a nossa capacidade de concentração seja ampliada gradativamente, é imprescindível que procuremos cultivar um profundo senso de responsabilidade.   Quando nos sentimos plenamente responsáveis por tudo aquilo que fazemos, principalmente pelas pequenas tarefas que compõem o nosso dia a dia, acabamos nos tornando pessoas mais presentes. Realmente presentes.   Como todos nós sabemos, não são poucas as ocasiões em que, como dizem os populares, estamos apenas de corpo presente e, assim ficamos, porque nossa atenção encontra-se a léguas de distância, dispersa em meio a pensamentos soltos e devaneios tolos.   E se muitas vezes estamos com nossa cabeça, com nossa mente e consciência, para muito além do mundo da lua, é porque, infelizmente, nos comprometemos com pouquíssimas coisas aqui na terra.   Quando nos comprometemos com a

VICIANDO E CORROMPENDO AS INTELIGÊNCIAS

Um dos grandes males do mundo contemporâneo é a tremenda falta de atenção que impera nos corações de todos nós, pouco importa se somos jovens ou adultos.   Obviamente que as gerações mais tenras estão sofrendo um impacto muito maior dessa degradação, mas os adultos também estão sendo afetados por essa praga.   Pesquisas recentes, que são do conhecimento de todos, demonstram que, em média, a capacidade de concentração das pessoas na atualidade tornou-se inferior à capacidade de atenção de um peixinho dourado. Isso mesmo! De um peixinho.   Esse é um dado alarmante que deveria levar-nos a refletir com muita seriedade a forma como estamos lidando com as novas tecnologias e a maneira como as mesmas impactam nossas vidas.   No mínimo, repito, no mínimo, esses dados deveriam servir de advertência a todos nós e nos motivar a reduzirmos a nossa exposição às mídias digitais. Ao menos deveria servir como elemento motivador para diminuirmos o tempo de exposição dos jovens a essas tranqueiras.   Nã

REFLETINDO A PARTIR DA ORAÇÃO DOMINICAL # parte 06

Para que possamos crescer em espírito e verdade, é imprescindível que cultivemos uma vida de oração. Sim, todos sabemos disso desde nossa tenra infância e, por isso mesmo, penso que devemos meditar sobre a nossa vida orante para que, com o auxílio da graça divina, possamos aprofundar nossa compreensão a respeito da importância dessa prática para a lapidação do nosso caráter e fortificação da nossa inteligência.   Sim, da nossa inteligência. Uma oração precisa ser devota e, para tanto, é importante que cultivemos um olhar contemplativo e, para tanto, é necessário que, como nos ensina Sertillanges, procuremos nos consagrar à procura amorosa e abnegada pela verdade.   Para nos consagrar a tal procura (Matheus VI, 33), é fundamental que compreendamos que a vida humana é sempre uma jornada de sacrifícios. Repito: sempre o é.   Toda vez que optamos em dedicar parte dos nossos dias ao estudo e a oração, estamos sacrificando parte do nosso tempo, uma fração das alegrias do dia a dia para nos c

AS CASCAS DOS OVOS DA SERPENTE

Ficamos, algumas vezes, impressionados com o número de indivíduos que não são capazes de se controlar, de governar os seus próprios atos.   Após realizar uma traquinagem, ou algo similar, muitas pessoas justificam a travessura dizendo que não sabiam o que estavam fazendo e, por isso, não teriam culpa de nada. Ou seja: elas creem que não são responsáveis por aquilo que elas mesmas fizeram.   Bem, isso ocorre, em grande medida, porque as pessoas – eu, você, todos nós – governamos - ou desgovernamos - os nossos atos por intermédio dos nossos pensamentos, das ideias que pululam em nossa mente.   É por meio deles, dos nossos pensamentos e ideias, que deliberamos tudo aquilo que consideramos apropriado, justo e desejável e, por meio dos mesmos, justificamos nossas ações quando aquilo que almejávamos fazer não saiu conforme o esperado, ou deveria dizer, de acordo com aquilo que havíamos pensado.   E, para a tristeza de todos, as ideias que mais corrompem o pensamento dos indivíduos e, consequ

PARA ALÉM DOS UMBRAIS DA MORTE

Há certas pessoas que gostam de se colocar na dianteira dos outros com a pretensão de serem líderes de alguma coisa, para poderem ter atrás de si uma penca de seguidores. Tal atitude, como todos sabemos muito bem, no mínimo é uma clara demonstração de insensatez, um incontestável atestado de estulta soberba.   Também existem boleiras de indivíduos que, de tão desorientados que são, vivem a procura de alguém para seguir, para lhe trazer alguma consolação para suas vidas vazias e suprir a carência de brilho que impera em suas almas desfibradas e, obviamente, uma vida vivida nesse troteado, é realmente muito triste, para dizer o mínimo.   Porém, em todos os cantos desse mundão de Deus, encontramos inúmeras pessoas que procuram trilhar a sua jornada ao lado daqueles que estão, como elas, procurando verdadeiramente viver de forma plena cada um dos seus dias.   Tais pessoas, mesmo quando tem um dia de cão e sentem que tudo o que elas fizeram, do nascer ao pôr do sol, foi um retumbante fracas

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 11)

Ser gentil com os superiores é apenas um gesto protocolar. Externar o mesmo sentimento para com os nossos semelhantes é somente o cumprimento de um dever com nobreza de espírito. Agir com amabilidade com aqueles que estão numa situação de fragilidade é um gesto de magnanimidade. Agora, esforçar-se para ser bom com todos, sem exceção, é algo apenas possível para aqueles que atingiram a tal da sabedoria, e para os simples de coração. Esse, aliás, não é o nosso caso não.   #   #   #   Para transpassar os limites que nos são impostos pela nossa mediocridade [nem um pouco original] precisamos, sem dó nem piedade, ordenar a nossa vontade e disciplinar a nossa mente. Sem isso, continuaremos sendo, apenas e tão somente, os mesmos bocós de mola de sempre.   #   #   #   Essa corrida maluca atrás dessa tal “felicidade”, que tomou conta do mundo modernoso, é uma patacoada medonha que escancara o quão tonto e egoísta é o coração do homem contemporâneo que, em sua egolatria intratável, acaba pensand

UM CORAÇÃO INDISFARÇADAMENTE IGNORANTE

Declarar-se crítico de tudo e de todos tornou-se, no mundo contemporâneo, uma espécie de qualificação que inúmeras pessoas amam de paixão ostentar junto aos seus nomes como se isso fosse um “título de nobreza”, ou algo que o valha.   É cidadão crítico pra lá, é educação crítica pra cá, é cidadania crítica acolá, enfim, é tanta criticidade exalando dos corações que formam-se névoas e mais névoas com esses odores, impedindo que os indivíduos percebam o quão presunçoso é esse tipo de declaração.   Desde a aurora dos tempos sabe-se muito bem que para se trilhar o caminho da sabedoria, da procura amorosa pelo conhecimento da verdade, é exigido dos caminhantes uma boa dose de paciência e humildade.   É imprescindível que sejamos pacientes com tudo e com todos, tendo em vista que nada, praticamente nada, ocorre no tempo do nosso querer. Tudo tem o seu momento e, por isso, toda e qualquer conquista exige que sejamos capazes de esperar que ela, a tal quadra alvissareira, chegue.   E para que a