Muitos afirmam, com orgulho, que são pessoas livres, conscientes e, é claro, críticas. E afirmam isso publicamente, em toda e qualquer ocasião que lhes pareça propício ostentar essas palavrinhas "mágicas".
Seja como for, é de fundamental importância que estejamos cônscios de quem somos e, principalmente, de quem devemos ser. Dito de outro modo: devemos saber qual é o nosso princípio e para qual fim devemos dirigir os nossos passos em nossa caminhada por esse mundão de Deus.
Se não sabemos responder essa pergunta de uma forma minimamente satisfatória, a palavra liberdade, com toda a sua formosura, será apenas mais uma palavra esvaziada de sentido, presente em uma vida criticamente desprovida de propósito.
Vemo-nos, muitíssimas vezes, perdidos em nós mesmos, em meio a pensamentos sem cabeça, ideias sem pé e impressões imprecisas que ficam num empurra-empurra sem fim em nossa cumbuca. Empurra-empurra esse que acaba bloqueando nossa percepção e tolhendo a nossa capacidade de compreensão.
Ora, como podemos crer que somos livres se nem mesmo somos capazes de silenciar o alarido da nossa alma para podermos ouvir, com um mínimo de clareza, a voz da verdade que, em nosso coração, nos convida noite e dia, a sermos mais do que uma pálida imagem de nossos capricho. Como? Aí fica difícil, não é mesmo?
Enfim, não há liberdade sem vida interior. Não há vida interior se não somos capazes de cultivar o tal do silêncio em nossa alma e, sem essas coisinhas, toda crítica, a respeito de qualquer coisa, torna-se um trem tão vazio quanto tolo.
[CADINHO DE PROSA # 24/08/2022]
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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