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OS ESCRAVOS DO TEMPO

Grande parte da cultura popular é forma tosca de propaganda do passado: autoritária, atrasada e brega A palavra "propaganda" tem mau nome. Difícil discordar. O século 20 não foi um passeio no parque. E o totalitarismo provocou milhões de cadáveres tendo na propaganda um aliado mortal. Verdade: se entendermos por propaganda o uso da arte para veicular ideias religiosas, políticas ou sociais, grande parte da história da arte é um exercício contínuo de propaganda. Mesmo a máxima "a arte pela arte" é uma posição política, ou então apolítica, que não atraiçoa o proselitismo original. Mas a "propaganda" que conta é outra: o uso da arte, sim, para disseminar ideologias de dominação. E, nesse quesito, como esquecer a Alemanha nazista ou a União Soviética comunista? Na Alemanha, a propaganda do Reich fez-se a dois tempos: por um lado, destruindo a "decadência" modernista e a sua mensagem de "degeneração" e "negritude"; por outro, promo

LULA E AS MÁS COMPANHIAS

 por Percival Puggina (*) Pais responsáveis certamente não cansam de repetir a seus filhos frases feitas e perfeitas que ecoam mundo afora, através dos milênios, expressas em milhares de idiomas. Uma delas é esta: “Evita as más companhias”. É um ensino da mais rigorosa prudência. As más companhias agenciam o mal e são fonte de desgraça e infelicidade. Quanto mal se evitou no mundo cada vez que essa frase, repetida de modo oportuno, encontrou adesão prudente em quem a ouviu! Escrevo este artigo na noite de sexta-feira 26 de julho. Já repercutem os vilipêndios à fé cristã durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. É a má companhia que os mal intencionados proporcionam aos idiotas. Estes aceitam os impedimentos às manifestações religiosas populares e majoritárias para que os mal intencionados possam exercer com total liberdade o suposto direito “laico” de desrespeitar a fé alheia. Domingo, a Venezuela decide entre Nicolas Maduro e o banho de sangue prometido à nação caso seja de

MEU NOME É BRASIL, ESTOU DOENTE

por Paulo Briguet, em 03/12/2015 (*) Meu nome é Brasil. Sou paciente em estado terminal do Hospital do Câncer. Daqui do quarto acompanho as notícias a meu respeito, que foram um pouco exageradas quando se referiram à minha morte – mas não estão, assim, muito longe da verdade. Dias atrás prenderam o sr. Bumlai, aquele que tinha livre acesso ao Palácio. Em seguida, foi a vez do sr. Delcídio, líder do governo no Senado. No outro lado do Congresso, o sr. Cunha tenta salvar-se numa luta que me faz lembrar a última cena do filme Cães de Aluguel. Nenhum deles me visitou nos últimos meses; só tinham olhos para mim durante o tempo das vacas gordas. Enquanto discutem como salvar a si próprios, eu permaneço aqui morrendo à míngua. Nem sequer recebo um telefonema. Alguns dizem que o remédio para meus problemas se chama impeachment. É claro que a saída daquela senhora ajudaria um pouco, mas as causas da doença seguiriam incólumes. O agente causador dos meus males tem outro nome: Partido dos Trabalh