É incrível como incontáveis indivíduos querem parecer “racionais” perante tudo e todos e, ao tentarem fazer isso, acabam por perder a cabeça, as estribeiras e tudo o mais.
Aliás, sempre que estamos dirigindo o nosso troteado por esse caminho, de querermos aparentar uma suposta superioridade “racional”, invariavelmente acabamos [maliciosamente] encenando aquela pose de humildade fingida.
Se nós agimos dessa forma, na verdade, bem na verdade, é porque nós somos uma pessoa à beira do desespero que, por medo da vida e da verdade, acabamos nos amarrando a uma única ideia furada, nos prendendo a uma ideologia torta qualquer. Desse modo, tudo aquilo que não se enquadrar na estreiteza do nosso olhar oblíquo, acaba sendo visto por nós como uma reles expressão de “irracionalidade”.
Por estarmos agarradinhos a uma suposta tábua de salvação, acabamos crendo que o irracional será sempre o outro; nós, que medimos tudo e todos com uma mesma tosca régua ideológica quebrada, nunca.
E esse tipinho, como é do conhecimento de todos, é mais comum do que gostaríamos de imaginar e, muitas vezes, infelizmente, o encontramos bem pertinho da gente, toda manhã, no reflexo do aço do espelho do nosso banheiro.
[CADINHO DE PROSA # 26/08/2022]
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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