Rubem Braga, em seu livro “A traição das elegantes”, nos conta uma memória sua, dos seus tempos de guri. Conta-nos que, num certo dia, quando estava indo para a escola, encontrou seus coleguinhas fazendo o caminho inverso. Vendo isso, perguntou-lhes o que aconteceu e estes, efusivamente, cantarolando, diziam: “Rui Barbosa morreu! Rui Barbosa morreu! Rui Barbosa morreu”! Rubão diz-nos que, em sua meninice, não sabia quem era esse tal de Rui Barbosa, mas lembrava claramente das falas dos adultos sobre ele. Uns diziam que era o homem mais inteligente do Brasil, grande patriota e que tinha assombrado o mundo com as luzes de sua mente. Porém, muitíssimos diziam que ele era um vendido [que ele tinha se colocado contra a vacinação obrigatória], que não valia nada e assim por diante. Bem, todos nós hoje sabemos quem é Rui Barbosa e temos uma clara noção da sua grandeza. Se deixarmos as memórias de Rubem Braga de lado e voltarmos um cadinho no tempo - na verdade um tantão - e irm