Pular para o conteúdo principal

Postagens

ATRAVÉS DOS OLHOS DE UM VIRA-LATA

Um dos meus cães é um adorável vira-lata chamado Percy. Na época, quando o ganhamos, estava em cartaz o filme “Percy Jackson e o ladrão de raios” e, como meu filho havia gostado muito do filme, não pensou duas vezes: esse será o seu nome.   Quando filhotinho, tinha uma mania, feia pra caramba, de trucidar os chinelos que ficassem dando sopa junto à porta dos fundos de nossa casa e, por isso, dizíamos que ele era Percy, o ladrão de chinelos.   Quando pequenino, nosso doguinho era muito gracioso. Fofinho como diriam as crianças. Crescido, ele tornou-se formoso, um belo representante da honorável raça dos sem raça. De porte mediano, pernas curtas, patas grandes, corpo e focinho alongados, pelagem preta, tendo as patas, peito e focinho marrons.   Ah! E seu queixo contava com uma leve pelagem branca que, com o passar dos anos, foi aumentando. Minha filha dizia que isso ocorria porque ele estava se tornando um ancião da montanha, como dos filmes de artes marciais dos anos 70.   E, de fato, o

LULA E AS MÁS COMPANHIAS

 por Percival Puggina (*) Pais responsáveis certamente não cansam de repetir a seus filhos frases feitas e perfeitas que ecoam mundo afora, através dos milênios, expressas em milhares de idiomas. Uma delas é esta: “Evita as más companhias”. É um ensino da mais rigorosa prudência. As más companhias agenciam o mal e são fonte de desgraça e infelicidade. Quanto mal se evitou no mundo cada vez que essa frase, repetida de modo oportuno, encontrou adesão prudente em quem a ouviu! Escrevo este artigo na noite de sexta-feira 26 de julho. Já repercutem os vilipêndios à fé cristã durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. É a má companhia que os mal intencionados proporcionam aos idiotas. Estes aceitam os impedimentos às manifestações religiosas populares e majoritárias para que os mal intencionados possam exercer com total liberdade o suposto direito “laico” de desrespeitar a fé alheia. Domingo, a Venezuela decide entre Nicolas Maduro e o banho de sangue prometido à nação caso seja de

VOTO DE ABSTINÊNCIA

Não tenho o costume de ler as notícias logo que elas saem, fresquinhas, na última edição de um jornal. Tento evitar isso porque procuro seguir à risca um conselho que a muito me foi dado pela minha finada nona: quem tem pressa sempre acaba queimando os beiços. Sim, ela não estava se referindo as notícias. Estava, na época, me advertindo sobre a minha gula frente aos quitutes que ela preparava amorosamente; mas, seu conselho, que é um ditame dado por todas as nonas desse mundão de meu Deus, é algo que se aplica a inúmeras situações, inclusive essa, principalmente essa: os entreveros no universo da informação. Por isso, desde muito cedo, procurei não dar muita importância para as informações da última hora. Na verdade, não apenas por isso. Há outras razões por detrás dessa atitude motivada por um velho brocardo popular. Dito isso, vamos por partes. Primeiro: não sou tão importante assim para necessitar saber quais são os últimos acontecimentos que afetam os altos círculos do poder. Sou a

MEU NOME É BRASIL, ESTOU DOENTE

por Paulo Briguet, em 03/12/2015 (*) Meu nome é Brasil. Sou paciente em estado terminal do Hospital do Câncer. Daqui do quarto acompanho as notícias a meu respeito, que foram um pouco exageradas quando se referiram à minha morte – mas não estão, assim, muito longe da verdade. Dias atrás prenderam o sr. Bumlai, aquele que tinha livre acesso ao Palácio. Em seguida, foi a vez do sr. Delcídio, líder do governo no Senado. No outro lado do Congresso, o sr. Cunha tenta salvar-se numa luta que me faz lembrar a última cena do filme Cães de Aluguel. Nenhum deles me visitou nos últimos meses; só tinham olhos para mim durante o tempo das vacas gordas. Enquanto discutem como salvar a si próprios, eu permaneço aqui morrendo à míngua. Nem sequer recebo um telefonema. Alguns dizem que o remédio para meus problemas se chama impeachment. É claro que a saída daquela senhora ajudaria um pouco, mas as causas da doença seguiriam incólumes. O agente causador dos meus males tem outro nome: Partido dos Trabalh

REFLEXÕES AO SOM DE UM ENFERRUJADO CLARINETE

Num ano em que é realizada uma eleição municipal, todos podemos testemunhar, com tristeza, o encontro da vilania dos candidatos com a sabujice oportunista dos eleitores, num festival grotesco em que se celebra a indisfarçável ambição narcísica de todos.   #    #    #   Com toda certeza, é muito bom sermos capazes de ler nas tais entrelinhas; mas, sermos capazes de ler nossas vidas a partir das linhas e entrelinhas dos textos em que deitamos nossas vistas é algo praticamente divino.   #    #    #   Não tem lesco-lesco! Todo e qualquer analfabeto funcional faz pouco caso deste problema por estar, no momento, imerso nele e, por isso, incapacitado para entender a enormidade da encrenca que é evocada por essas duas palavras.   #    #    #   É importante lembrarmos, sempre, que com o tempo nós podemos ampliar a nossa inteligência, ou permitir que ela seja diminuída a passos largos. E o mais gozado nisso é que, quanto mais ela mingua, menos falta sentimos dela, ao mesm

A MELODIA DA VIDA

Rubens Fonseca nos ensina que nada temos a temer, exceto as palavras. Sim, as palavras. E ele sabia muito bem, muito bem mesmo, do que estava falando.   As palavras, literalmente, são facas de dois gumes e, afiadas ou não, cortam e ferem para todos os lados e direções, principalmente as mãos, e a língua, daqueles que as usam levianamente.   Aliás, vocês viram o meme do garotinho que dizia para sua mãe que a avó estava precisando de um carregador para o celular? O meme da “pomadinha de cagador”? Bem esse.   Similares a ele, abundam na internet e, além deles nos brindarem com risos amarelados, nos revelam um problema tremendamente espinhoso.   Tendo isso em vista, creio que seja profícuo lembrarmos as palavras do poeta Octávio Paz que, certa feita havia dito que a religião originária da humanidade seria a poesia. Isso mesmo, a poesia.   Sem dúvida, essa é uma bela imagem para termos em mente, tendo em vista que Deus, para retificar os nossos caminhos, fez-se poeta, inspirando salmos, par

[livro] SÃO FRANCISCO DE SALLES. FILOTEIA - INTRODUÇÃO À VIDA DEVOTA

Um verdadeiro compêndio da vida devota. O livro oferece ao leitor recomendações e exercícios para a boa condução da alma a Deus, à prática das virtudes e da oração. Traz também, avisos necessários contra as tentações mais comuns e o modo de como renovar e conservar a alma na devoção. São Francisco de Salles. Filoteia ou  Introdução à Vida Devota . Fonte:  https://alexandriacatolica.blogspot.com/