Estamos todos, cada um com seu passo, no seu ritmo, rumando para alguma direção que acreditamos ser a mais apropriada para realizarmos os nossos anseios, pouco importando quais sejam eles. E, independentemente das razões que fazem o nosso coração bater mais acelerado, impelindo o nosso caminhar, há uma coisa todos nós temos em comum: estamos todos, como nos lembra Martin Heidegger, rumando em direção à morte. Sim, Cristo venceu a morte carregando o pesado fardo dos nossos pecados, mas Ele rumou na direção dela, abraçou-a, aceitou-a com mansidão, ensinando-nos a fazer o mesmo com a nossa vida. Eu sei, todos nós sabemos, que é uma obviedade ululante que um dia teremos de encarar esse momento; estamos todos cientes dessa realidade, mas não queremos nem saber de tomar consciência disso. Por isso, muitas e muitas vezes, vivemos a nossa vida como se não houvesse amanhã. Corremos atrás da realização de planos e projetos, muitas vezes de caráter duvidoso, como se a vida pud...