É fascinante, para não usarmos outros termos, vermos o tom moderado, e as expressões de equilibrada indignação, que são usadas por inúmeras autoridades e formadores de opinião, para justificar práticas totalitárias como sendo recursos necessários para preservar o seu projeto de poder que, no caso, eles não chamam pelo devido nome, que é tirania. Nada disso. Eles, malandramente o chamam de “democracia” e, ao fazer isso, essas figuras se acham umas gracinhas.
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Não existe liberdade de expressão se não existir a possibilidade de nos sentirmos ofendidos com o que os outros poderão dizer a respeito de algo, de alguém ou sobre nós mesmos. Se nós não compreendemos isso é porque, bem provavelmente, nós queremos apenas e tão somente calar as vozes que discordam de nós para que possamos, “livremente”, ouvir apenas e tão somente a nossa.
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Não chame ninguém de alienado antes de examinar o estado fragmentário em que se encontra a nossa minguada consciência. Não chame ninguém de analfabeto funcional antes de refletir sobre o quão superficial é a nossa capacidade de leitura.
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A sanha de querer ter razão em um bate-boca bocó é um dos maiores inimigos do sincero amor ao conhecimento, da procura amorosa pela verdade.
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Toda imprensa sempre foi, e sempre será, recheada de enganos, erros e mentiras e, todas essas tranqueiras, nunca foram e nunca serão corrigidas do dia pra noite, na voada, por uma “agência de checagem” rápida. Nada disso. As únicas pessoas que poderão desmascarar as mentiras, os erros e os enganos da imprensa de hoje, são os historiadores que ainda não nasceram.
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A verdade é filha do tempo e, os historiadores, devem ser seus humildes criados.
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A vida é feita de contradições e incongruências, toda ela, de cabo a rabo. Logo, a história, todinha ela, do princípio ao fim, é confeccionada com mil malhas de incongruências e contradições.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela - professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de “REFAZENDO AS ASAS DE ÍCARO”, entre outros livros.
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