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BODAS DE OPALA


Foi numa conversa despretensiosa,

Regada a cerveja e gargalhadas,

Nas primícias do mês de março,

No raiar do milênio terceiro que

 

Nossas mãos se tocaram enquanto

Nossos castanhos olhos se cruzavam

Para que nossas acanhadas almas

Se aproximassem, sem medo,

 

Pela primeira vez.

Pois é, foi numa noite de março,

Quente como nos dias de hoje,

Que a vinte e quatro anos passados,

 

Iniciamos nossa linda caminhada

Ritmada no pulsar das mãos dadas

Das nossas vidas entrelaçadas

Pelas linhas da vida e do amor.

 

Te amo minha amada.

(02/III/2024)



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