Pular para o conteúdo principal

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 49)

Dentro de cada um de nós há um fantástico tesouro oculto, que cada um de nós precisaria conhecer, mas que, infelizmente, todos nós preferimos ignorar soberbamente.

 

#   #   #

 

Parem e pensem em tudo aquilo que é dito através do silêncio que interliga todas as palavras que, impensadamente, são regurgitadas por nós.

 

#   #   #

 

O campo de batalha espiritual, como todo campo de batalha, é uma grande zona cinzenta, onde não podemos nos dar ao luxo de nos distrair e, muito menos, de nos manter isentos, fazendo pose de superior.

 

#   #   #

 

Na guerra espiritual não existe meio termo. Ou estamos juntos às fileiras da luz, ou estamos ao lado das hostes das trevas.

 

#   #   #

 

O politicamente correto, com sua mania manhosa de colocar o bom-mocismo acima da verdade, no fundo, não passa de uma ardilosa, e diabólica, perversão da realidade.

 

#   #   #

 

Nunca nos esqueçamos que há uma diferença cabulosa entre credibilidade e veracidade.

 

#   #   #

 

Muitas vezes, uma verdade, proclamada a plenos pulmões, não tem credibilidade alguma e, noutras ocasiões, mentiras cabeludíssimas, ditas de forma descarada, gozam de plena credibilidade, perante uma multidão desavisada.

 

#   #   #

 

Filosofar não é recomendado para almas sebosas, da mesma forma que o estudo da História não é aconselhado para ignorantes presunçosos. Obviamente, tal sugestão não foi dada pelo Ministério da Saúde, mas tanto a prática da primeira como a realização da segunda, poderá mudar radicalmente a nossa vida.

 

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

https://sites.google.com/view/zanela

 

Inscreva-se [aqui] para receber nossas notificações.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O ABACAXI ESTÁ EM NOSSAS MÃOS

Dia desses, eu estava folheando um velho caderno de anotações, relendo alguns apontamentos feitos há muito tempo, e entre uns rabiscos aqui e uns borrões acolá, eis que me deparo com algumas observações sobre o ensaio "La misión pedagógica de José Ortega y Gasset", de Robert Corrigan. Corrigan faz algumas considerações não a respeito da obra do grande filósofo espanhol, mas sim sobre o professor Ortega y Gasset e sua forma de encarar a vocação professoral. O autor de "La rebelión de las masas" via sua atuação junto à imprensa como uma continuação de suas atividades educacionais, onde apresentava suas ideias, marcava posição frente a temas contemporâneos e, é claro, embrenhava-se em inúmeros entreveros. Ele afirmava que, para realizarmos com maestria a vocação professoral, é necessário que tenhamos nosso coração inclinado para um certo sacrifício heroico, para que se possa realizar algo maior do que nós mesmos: o ato de levar a luz do saber para os corações que se ve...

FRAGMENTOS DE UM DIÁRIO HETERODOXO #009

Todo orgulhoso se borra de medo da imagem das suas incontáveis imperfeições.   #   Onde não há preferência sincera, há indiferença cínica.   #   Tudo termina tragicamente quando a paciência finda melancolicamente.   #   O impulso de querer racionalizar tudo é o maior inimigo da racionalidade e do bom senso.   #   A verdadeira história da consciência individual começa com a confissão da primeira mentira contada por nós para nós mesmos.   #   Frequentemente somos firmes por pura fraqueza e audaciosos por mera teimosia.   #   Podemos usar as novas tecnologias para sermos reduzidos a uma escravidão abjeta, ou nos servirmos delas para lutarmos para preservar a nossa liberdade interior e a nossa sanidade.   *   Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela - professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de “REFAZENDO AS ASAS DE ÍCARO”, entre outros livros. https://l...

NÃO IGNOREMOS OS OMBROS DOS TITÃS

Nós não somos apenas os caminhos que percorremos, os tropeços que damos, as circunstâncias que vivemos. Somos também e, principalmente, o modo como encaramos os nossos descaminhos, a forma como enfrentamos nossas desventuras, a maneira como abraçamos o conjunto desconjuntado da nossa vida. Como nos ensina Ortega y Gasset, é isso que somos; e se não salvamos as nossas circunstâncias, estamos condenando a nós mesmos.   Dito de outro modo, podemos olhar para nossa sombra e lamentar a nossa diminuta condição ou, em vez disso, podemos nos perguntar, de forma resoluta, o que podemos fazer de significativo com o pouco que temos e com o nada que somos.   Para responder a essa espinhosa pergunta, mais do que inteligência e sagacidade, é preciso que tenhamos uma profícua imaginação, tendo em vista que pouco poderá ser compreendido se nossa imaginação for anêmica.   Lembremos: nada pode ser acessado pela nossa compreensão sem que antes tenha sido devidamente formulado pe...