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DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 16)

Os bens mais preciosos que podem adornar a alma humana são extremamente simples, como a justiça, a liberdade e o amor. Porém, é importante não nos esquecermos que, tais bens, são também tremendamente frágeis, tão frágeis que podem ser facilmente deturpados pela nossa presunçosa ignorância preguiçosa. E eles são deturpados, como são.   #   #   #   Todos devem ter liberdade para expressar-se, principalmente aqueles que vivem para nos insultar, crendo que estão nos criticando, pois, se não somos capazes de suportar uma ofensa, uma crítica, ou algo que o valha, dificilmente iremos resistir a uma trombada com a verdade que, diga-se de passagem, é muitíssimo mais ríspida que qualquer xingamento que uma alminha sebosa, politicamente correta, é capaz de imaginar.   #   #   #   Se um carniça comemora a censura de um desafeto seu, esse sujeito, além de feder, bom sujeito não é, nunca foi e dificilmente será. É ruim dos pés à cabeça e uma tirania totalitária é o que ele, de fato, ama e quer.   # 

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 15)

Em momentos de crise, urge que tenhamos paciência. É imperioso porque, em tais situações, tudo à nossa volta quer nos levar a perdê-la e, junto com ela, o pouco discernimento que nos resta.   #   #   #   Não se restitui a moral de um sujeito ardiloso com uma canetada maquiavélica dada por um lacaio togado em um pedaço de papel [dupla-face] usado.   #   #   #   Adivinhem qual é o nome que se dá para um regime onde qualquer questionamento desconfortável é considerado uma ameaça às instituições? Pois é, foi o que eu pensei. Porém, mesmo assim, os desavisados continuam e continuarão acreditando que todos os abusos são válidos para legitimar a farsa que, no entendimento deles, os torna vitoriosos e os beneficia de alguma forma.   #   #   #   Ser calado por um tirano, que vive entocado em sua sinecura, é uma grande honra perante o tribunal da História. Agora, bater palmas para o tiranete que silenciou a voz daqueles que não temem dizer a verdade, é a única atitude que podemos esperar das alm

AS INSTITUIÇÕES DEMOCRATICAMENTE VILIPENDIADAS

Existem termos que são utilizados para justificar inúmeras ações, devido a sua significação positiva no imaginário das pessoas.   Devido a isso, e a nossa imensurável leviandade, um conceito descritivo, acaba muitas e muitas vezes servindo como um porrete para legitimar decisões que, literalmente, são o seu oposto.   A história nos dá testemunho de muitos casos onde esse fenômeno se fez presente e, infelizmente, continuará a estar no meio de nós por muito tempo, tendo em vista que não somos muito bons em aprender as lições que a Mestra da vida tanto nos ensina.   Um bom exemplo do que estamos procurando chamar a atenção são os usos que são feitos em torno daquilo que se convencionou chamar de “instituições democráticas”.   Já repararam que tudo passou a ser justificado em nome dessas palavras, inclusive agir de modo autocrático e discricionário? Então reparem.   Por favor, não estou tirando esse trem da minha moringa, estou apenas lembrando que, já faz algum tempo, que ministros da mai

A REPÚBLICA QUE NÃO TEMOS

Há momentos que devemos falar, e falar em alto e bom tom, do alto do telhado da nossa morada, para que todos possam ouvir nossa voz. Esses momentos são aqueles quando a verdade não mais encontra morada no coração dos homens e, por isso, torna-se urgente proclamá-la.   Porém, o grande problema é que toda vez que alguém ousa anunciar a verdade, que muitos querem amordaçar e largar num bueiro qualquer, é que todos aqueles que tomam a decisão de realizar essa tarefa, o fazem imaginando que estão na praça da república de Platão, esquecendo-se que estão na latrina aberta por Deodoro da Fonseca e seus " Blue Cat's" .   Por essa e outras que dizer a verdade é sempre um problema.   Sobre isso, podemos fazer inúmeras considerações, porém, gostaria apenas de chamar a atenção para um ponto, que é a diferença que há entre credibilidade e veracidade. Diferença essa que, muitas e muitas vezes, desdenhamos.   Algo que tem credibilidade é tão só e simplesmente um trem que as pessoas, de u

LADEIRA ABAIXO RUMO A PRAÇA VERMELHA

Nós não estamos no fim da história. Esse momento turbulento, que agora testemunhamos, é apenas um capítulo de uma jornada que está muito longe de terminar. Penso que é imprescindível que não nos esqueçamos disso.   A jornada humana não é linear, como um documentário cafona, nem retilínea, como um livro de história escrito com letras deselegantes. O traçado da mestra da vida é sinuoso, com avanços rápidos e regressos abruptos e repentinos. Ou, dito de forma lacônica e entojada: o devir humano através do tempo é dialético.   É importante nunca esquecermos que a história é forjada por tensões, boleiras de tensões. Ignorar a presença delas é a receita mais do que perfeita para não compreendermos as correntezas que movem a vida em sociedade.   Para captarmos essas tensões e compreendê-las é imprescindível que sejamos capazes de enxergar a realidade histórica não apenas por meio de nossos olhos, mas também, através do olhar do outro, por meio das razões contrárias às nossas.   Dentro das ten

HÁ ALGO PODRE E NÃO É NO REINO DA DINAMARCA

É muito comum vermos pessoas utilizarem a expressão “teoria da conspiração” para minar a credibilidade, não apenas de um argumento apresentado contra algo, mas também quando é levantada uma dúvida minimamente razoável.   Ora, o fato de rotularmos um argumento, ou uma dúvida, como sendo uma [suposta teoria da conspiração] não deslegitima de forma alguma o que está sendo apresentado. Muito pelo contrário! Apenas reforça mais ainda a validade do argumento e a pertinência da dúvida.   O que refuta, destrói e acaba com um argumento é uma contra-argumentação acompanhada de provas robustas que desconstrua, ponto por ponto, o que estava sendo apontado.   O que dirime, dissipa e elucida uma dúvida é uma explicação clara e coerente, devidamente acompanhada de evidências e provas que procurem acalentar o coração aflito e a mente inquieta que a levantou.   Agora, desdenhar soberbamente uma série de perguntas legítimas com base unicamente no sofista do “recurso à autoridade de uma investidura” e ao

QUANDO O FRUTO É ESSE MESMO

O que fazer? Eis a pergunta que muitos se fazem diante de uma situação como essa em que nos encontramos nesse momento.   Bah! Dá pra fazer muita coisa meu amigo, muita coisa mesmo. Mas, antes de qualquer coisa, é imprescindível que reflitamos muito sobre aquilo que estamos nos tornando.   Para explicar onde estou querendo chegar com esse causo, permitam-me contar uma pequena historieta, uma história que, certa feita, foi contada por um pobre padre anônimo do deserto.   Diz-nos ele que em um reino qualquer, nem determinado momento qualquer, que se perdeu nas brumas do tempo, subiu ao trono um imperador terrível, medonho, o cão chupando manga, que perseguia sem dó os cristãos.   Diante dessa encrenca de dimensões apocalípticas, esse padre dobrou os joelhos, colocou-se em oração e clamou aos céus, dizendo: "Senhor, por que nos deste um governante tão mau? Por quê Senhor?"   De repente, Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, apareceu para o suplicante e lhe disse: "Meu