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Mostrando postagens de janeiro, 2025

PONDERANDO SOBRE O MUNDO CONTEMPORÂNEO

Não fiquemos nos achando o suprassumo da perfeição porque fizemos algo bem feito; porém, não sejamos desleixados, deixando de procurar nos aperfeiçoar, ao menos um cadinho todo, santo dia.   #   Onde as opiniões são superestimadas, a procura amorosa pela verdade acaba sendo ignorada.   #   Se inquieto está o nosso coração, procuremos a força que apenas é encontrada na prática da oração, daquelas mesmas que aprendemos quando éramos crianças e, por pura soberba, largamos mão.   #   Antes de qualquer coisa, a leitura orante da Sagrada Escritura deve ser feita para compreendermos, à luz da Sua palavra, quem nós somos diante da criação e dos desígnios do Senhor.   #   Apenas um tonto alienado idolatra os grilhões que o mantém mentalmente escravizado.   #   A palavra de Deus, quando acolhida amorosamente, nos liberta, sempre nos libertará; agora, quanto ela é usada maquiavelicamente para justificar desvarios humanos, não.   #   O cão...

A GRANDE LIÇÃO ENSINADA PELOS PEQUENINOS

Gosto de me reclinar no sofá, ficar olhando para o nada e nada fazer, nada pensar. Quando faço isso, ouço o som de passos miúdos vindo em minha direção e, do nada, eis que um serzinho atira-se sobre mim, cheira-me obsessivamente, reclina-se no meu colo e acomoda o seu queixo sobre o braço da poltrona. Esse era o Aang. Não o avatar, o último dominador do ar, do desenho animado. Era apenas o nosso cão. Quando fomos pegá-lo, ainda filhotinho, havia uma ninhada. Minha filha ficou encantada. Queria todos, mas, por certo e por óbvio, não tinha como. Aí, um deles, todo branquinho, com algumas manchas marrons, veio na sua direção. Ela estava sentada sobre os seus calcanhares; ele se aproximou e pôs-se a lamber a sua mão. Seus olhos cintilavam. “É esse! É esse! Ele me escolheu!” E sentenciou: “Você vai se chamar Aang”. E assim foi. As travessuras e estripulias que esse doguinho aprontava desde que chegou não estão no gibi. Se fosse contá-las, uma por uma, essa crônica não terminaria tão cedo. E...

AS MÁSCARAS DOS VELHOS CARNAVAIS

O escritor argentino Ernesto Sábato, em seu livro “Heterodoxia”, dizia que falar mal da filosofia é, inevitavelmente, também fazer filosofia. Mas má filosofia. Também podemos afirmar que ficar tecendo mil e um elogios à filosofia, e à vida intelectual, não é, nem de longe, uma atitude digna de um postulante a filósofo.   Esses dois personagens, de certa forma, são figuras típicas do nosso tempo, onde todos nós vivemos atolados até os gorgomilos com informações de toda ordem e dos mais variados níveis de credibilidade e valia.   O primeiro, de um modo geral, se ufana de ser uma pessoa prática, formatada pela rotina, devidamente esquadrinhada pelas expectativas que são apresentadas pela sociedade e estimuladas pela grande mídia e pelos círculos de escarnecedores digitais.   O segundo, por sua vez, é muitíssimo semelhante ao primeiro, porém, não quer, de jeito-maneira, se sentir semelhante a ele. Nada disso. O abençoado quer parecer melhor, sem o sê-lo; quer porque quer exal...

PELA JANELA DA VIDA

Uma janela se fecha Quando um ano termina Para se renovar a vida No ano que principia.   01/I/2025   #   Sou, graças a Deus, Um anarquista Desiludido, Por isso, Sou um conservador Contrito, Grato a Deus Por tudo que vivo.   01/I/2025   #   Eis que um olhar envelhecido Rompe o silêncio Cínico estabelecido, Para com ousadia buscar A luz do vocábulo esquecido. 01/I/2025

PRIMEIRAS REFLEXÕES

O poder perverte, e se for consumido em doses cavalares, o dito-cujo corrompe absolutamente; todos nós sabemos disso, todos, menos aqueles que se locupletam nele. E não é de vereda que o precioso degrada a alma humana, nada disso. A putrefação exercida por ele no coração ocorre lentamente, bem devagarinho, de forma manhosa, escravizando o indivíduo de tal forma que, a certa altura, ele não mais consegue imaginar-se sem as pompas que lhe são investidas, não consegue se ver sem as bajulações que lhe são servidas de forma desmedida, não mais consegue viver sem as intrigas e futricas que são tecidas e tingidas em torno do seu envaidecido nome.   #   Uma das grandes chagas que atormentam a alma brasileira, segundo Monteiro Lobato, é o fatalismo, essa mania torta e tonta de dizer para si e para todos que nada tem jeito, que tudo é assim mesmo, que nada tem solução, remédio ou conserto.   #   Não há nada mais anticientífico do que tratar um punhado de afirmações midiaticame...