Pular para o conteúdo principal

REFLEXÕES SOBRE A IMPERTINÊNCIA DO ESTADOSSAURO

Órgão de verificação de notícias, para garantir que apenas a “verdade” será comunicada, não é e nunca será um instrumento de manutenção das instituições democráticas. Um órgão com esse feitio sempre foi, e sempre será, um mecanismo tirânico de censura.

 

#   #   #

 

Se o indivíduo clama para que o Estado controle os meios de comunicação social para que ele não seja “vítima” de uma notícia enganosa, além de ser um otário mais que perfeito, é um sicofanta da pior espécie.

 

#   #   #

 

As tragédias espelham a alma, revelam a face que se oculta por trás das infinitas máscaras sociais, que usamos todo santo dia, como se fosse nossa segunda pele.

 

#   #   #

 

O amor ao próximo é a pedra angular de uma sociedade. É ele, o amor ao semelhante, que leva as pessoas a se esforçarem para se tornarem melhores, mais dignas e prestativas. Agora, ver na hipotética “boa-vontade” das potestades estatais, algo similar ao amor, é a forma mais cínica que há de promover a perversão de tudo o que existe de bom no coração das pessoas.

 

#   #   #

 

A incapacidade para realizar o mal em grande escala não é, e nunca será, sinônimo de virtude.

 

#   #   #

 

O Estado, como Nietzsche há muito havia dito, é o mais frio dos monstros frios; e os canalhas que parasitam a sociedade através dele, são os mais pérfidos dos vermes abjetos.

 

#   #   #

 

Uma boa forma de definir o Estado é essa: uma estrovenga que promete muito, exige e cobra muitíssimo mais, e não realiza nada; praticamente nada, em comparação com aquilo que foi prometido pelos vermes que parasitam a sociedade através da kafkiana burocracia Estatal.

 

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela - professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de “REFAZENDO AS ASAS DE ÍCARO”, entre outros livros.

https://lnk.bio/zanela



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MEIO FORA DE PRUMO

Quando olhamos para o cenário educacional atual, muitos procuram falar da melhora sensível da sua qualidade devido ao aumento no número de instituições de ensino que se fazem presentes. E, de fato, hoje temos mais escolas. Diante disso, lembramos o ressabiado filósofo alemão Arthur Schopenhauer, que em seu livro “A arte de escrever” nos chama a atenção para o fato de que o número elevado de escolas não é garantia da melhora da educação ofertada às tenras gerações. Às vezes, é um indicador do contrário. Aliás, basta que matutemos um pouco para verificarmos que simplesmente empilhar alunos em salas não garante uma boa formação, da mesma forma que, como nos lembra a professora Inger Enkvist, obrigá-los a frequentar o espaço escolar sem exigir o esforço indispensável para que eles gradativamente amadureçam com a aquisição de responsabilidades — que é o elemento que caracteriza o ato de aprender — é um equívoco sem par que, em breve, apresentará suas desastrosas consequências. Na real, o ba...

NO PARAÍSO OCULTO DAS LETRAS APAGADAS

Paul Johnson, no livro “Inimigos da Sociedade”, afirmava que uma das grandes delícias da vida é poder compartilhar suas ideias e opiniões. Bem, estou a léguas de distância do gabarito do referido historiador, mas posso dizer que, de fato, ele tem toda razão. É muito bom partilhar o pouco que sabemos com pessoas que, muitas vezes, nos são desconhecidas, pessoas que, por sua vez, pouco ou nada sabem a nosso respeito. E essa imensidão de desconhecimento que existe entre autores e leitores deve ser preenchida para que aquilo que está sendo compartilhado possa ser acolhido. Vazio esse que só pode ser preenchido por meio de um sincero e abnegado desejo de conhecer e compreender o que está sendo partilhado e de saber quem seria o autor desse gesto. Para realizarmos essa empreitada, não tem "lesco-lesco": será exigida de nós uma boa dose de paciência, dedicação, desprendimento e amor pela verdade. Bem, é aí que a porca torce o rabo, porque no mundo contemporâneo somos condicionados...

PARA CALÇAR AS VELHAS SANDÁLIAS

Tem gente que fica ansiosa para saber quais serão os ganhadores do Oscar, outros acompanham apaixonadamente os campeonatos futebolísticos; enfim, todos nós, cada um no seu quadrado existencial, queremos saber quem são os melhores entre os melhores em alguma atividade humana que toca o nosso coração. Eu, com minhas idiossincrasias, gosto de, todo ano, saber quem é o vencedor do Nobel de literatura. Não fico, de jeito-maneira, acompanhando as discussões e especulações sobre os nomes que poderão vir a ser laureados, nada disso. Gosto apenas de saber quem recebeu os louros. A razão para isso é muito simples: para mim, ficar sabendo quem é laureado por tão distinto prêmio é um tremendo exercício de humildade porque, na grande maioria das vezes, eu nunca, nunquinha, havia ouvido falar do abençoado, tamanha é minha ignorância. Aliás, se deitarmos nossas vistas na lista dos escritores que foram brindados com esse reconhecimento, veremos que a grande maioria nos são ilustres desconhecidos e ...