# 037
Quando a chuva, matreira,
Se derrama nas folhas altivas,
Da imponente castanheira,
De forma intensa e amiga,
No âmago da alma envelhecida,
Abre-se uma amistosa clareira,
De luz cristalina, curativa,
E, de uma singular maneira,
Lava as antigas feridas
Que foram adquiridas
De forma dura e fria,
Ou de forma despercebida,
Com o passar das noites e dias,
Entre lágrimas e alegrias.
# 038
Fugir da verdade
É viver a vida
Pela metade.
# 039
O estudo pode até
Na vida, não ser tudo,
Mas viver a vida
Desdenhando
O dito-cujo,
É o trem pra lá
De estúpido.
# 040
A grande mídia
É uma farsa
Uma piada infame
E sem graça.
# 041
A poesia não é
E nunca será
Uma coisa útil
Ou algo que o valha
E, por isso mesmo,
Por sua inutilidade
Sem igual
Ela sempre foi
E para sempre será
Algo fundamental.
# 042
De um modo geral
Os titulares do poder
Com sua cara de pau
E sem a menor moral
Que amam ficar
Três por quatro
Praticando o mal
Com todos e com tudo
Não são, na real,
Os sujeitos
Que governam de fato
Este mundo cão.
Bem lá no fundo
Eles não passam
De sabujos sórdidos
De sombrios senhores
De coração imundo.
.
# 043
Não existe liberdade
Sem uma boa dose
De amor e coragem.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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