# 001
Tudo, tudinho, fica muito confuso,
Sem norte, sem rumo, nem prumo,
Quando alimenta-se indevidamente a expansão
Dos rotos controles burocráticos tolos
Que tornam-se os únicos itinerários
Que regem as trilhas da educação,
Deixando todos desolados, perdidos e apáticos
Diante da avalanche infindável de formulários,
Desprovidos de qualquer senso de razoabilidade,
Servindo apenas e tão somente
Para fazer todos de otário
Forjando números artificiosos de araque
Que ocultam sem o menor pudor ou piedade
A nossa deprimente e soturna realidade.
# 002
A burocracia não mata
Mas essa bruta papelada
Desfibra até o tutano
A alma do camarada
Até reduzi-lo a nada.
# 003
Toda perseguição brutal
Começa com uma lengalenga
De bom-mocismo afetado
Para justificar o mal
Que, sem a menor piedade,
Será perpetrado.
# 004
A agressão a inocentes
É uma das ações prediletas
Das ideologias decrépitas
Que alimentam as mentes
Das vis almas indolentes
Covardes e decadentes.
# 005
Quando o sol da verdade brilha
Ao longe no horizonte,
Abre-se um caminho, uma trilha
Para uma possível vida nova
Que, infelizmente, por birra,
Pode ser por nós desprezada
Ao invés de vivida.
# 006
Gritos e urros ditos à beça
Acabam baixando, rapidinho,
O nível de uma conversa.
Já a mentira danada, essa,
Dita bem de mansinho
É um veneno que mata
A alma, bem devagarinho.
# 007
O poder não corrompe, meu irmão,
Isso é uma grandessíssima balela.
O dito-cujo apenas nos revela
Todo o asco e toda podridão
Que, com toda pompa, impera
No pútrido e insano coração
Dos oligarcas e da galera.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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