# 021
Não sou, não mesmo, amigo de rei nenhum.
Nem de presidente, nem de governador,
Muito menos de deputado ou de senador,
Desprezo igualmente a todos, um por um;
Gente mesquinha que faz da dissimulação
Da intriga ardilosa e da treinada mentira
A matéria-prima da magia do seu dia a dia
Usada para engambelar toda essa triste nação
Encenando gestos de prodigalidade e alegria
Perante as câmeras metidas de todas mídias
Que não querem saber de espiar os bastidores
Onde os biltres se derretem em vilanias
Com dinheiro, tramoias e muitas baixarias
Que, no fundo, são seus únicos amores.
# 022
Num estalar de dedos
Somem os delírios
E todos os medos.
# 023
Imaginar que
O tal do materialismo
Ou do cientificismo
Seriam equivalentes
Ao saber científico
É um trem ridículo
Um tremendo mico
Pra dizer o mínimo.
# 024
O poder não é corruptor
Ele apenas potencializa
Todo o fel e desamor
De quem o cobiça.
# 025
Quem com exuberância
Fala o que bem entende
Imaginando em sua mente
Mesquinha e tacanha
Que está com a razão
Em seu desequilíbrio
E total falta de noção
Ignora que tudo isso
É um baita espetáculo
Um show não de criticidade
Mas apenas um atestado
De enorme imaturidade
Que repete o triste fado
Da mais pura instabilidade.
# 026
Do pó fomos feitos
E em Cristo
Refeitos.
# 027
A passos largos
A vida segue
Apesar do nosso
Grande atraso.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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