“Nós fizemos tudo o que podíamos”. Essa frase, de teor lazarento, frequentemente dita por nós, quando estamos cara a cara com uma derrota, oculta com suas letras um punhado de fraquezas nossas.
Qualquer empreitada que nos propomos realizar, deve, necessariamente, ser feita não apenas tendo em mente a obtenção de uma vitória cabal. Nada disso.
Elas devem ser sempre realizadas até o fim, doa a quem doer, mesmo que o fracasso pareça inevitável.
Se pararmos para refletir um pouco a respeito, iremos constatar que, no correr de nossa vida, nós acabamos obtendo mais fracassos que realizações; e veremos, inclusive, que aqueles indivíduos que são tidos como vencedores, em tudo na vida, não são diferentes de nós nesse quesito.
E se todos nós temos em nossa conta vital mais fracassos que êxitos, o que então diferencia os vencedores dos demais mortais?
É que essas pessoas veem, em cada pancada que a vida lhes dá, uma preciosa lição que deve ser aprendida e assimilada.
Sim, eu sei, todo mundo fala isso, mas praticamente ninguém leva esse trem a sério.
De mais a mais, um verdadeiro lutador, realmente, procura colocar todas as suas forças em todos os seus combates. Todas as forças mesmo. Bem diferente de nós que entregamos os betes logo que aparecem as primeiras dificuldades.
Tanto é assim que todos nós repetimos, frequentemente, para nós mesmos, aquela maldita frase: “nós fizemos tudo o que podíamos ter feito”, ou algo similar, mas nunca, nunquinha, nos perguntamos o que deixamos de fazer.
E basta que levantemos essa questão para vislumbrarmos todas as cobardias que realizamos, a grande quantidade de ações que deixamos de fazer por, simplesmente, mentirmos para nós mesmos, dizendo que procuramos dar o nosso melhor quando, na verdade, nem mesmo nos esforçamos minimamente para sermos merecedores da bênção dos louros.
Sim, as vitórias não vêm por um puro golpe de sorte, da mesma forma que as derrotas não ocorrem por um reles acaso.
Enfim, não é à toa que algumas derrotas são pedras com as quais as vitórias são edificadas e, outras tantas, são apenas e tão somente um retrato mal feito da nossa insustentável mediocridade e má vontade.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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