Um caboclo mau, uma vez ou outra, até pode fazer algo de bom; porém, um sujeito covarde, não apenas jamais fará algo bom, como também dificilmente, algum dia, irá realizar alguma coisa que preste.
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As únicas coisas que ficam em cima do muro são as cracas e os cacos. Ou seja: nada que preste.
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É fácil pra dedéu ficarmos, num canto qualquer, tecendo comentários mil sobre a "indubitável" paspalhice manifesta pelos outros, especialmente se os paspalhos da vez forem nossos desafetos e, é claro, quando tomamos como referência isolada, para tecer tais comentários, nossa suposta superioridade em relação a eles. Agora, a porca torce o rabo, e torce bonito, quando somos forçados pelas circunstâncias [sempre por elas] a encarar de frente esse tipo de impostura de nossa parte e termos de admitir, a contragosto, o quanto que nós somos patéticos, escandalosamente patéticos, patéticos pra dedéu.
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O ato de criticar algo se refere, especificamente, a capacidade de emitir julgamentos, de separar e classificar situações, de selecionar e solucionar problemas, de peneirar miudezas e grandezas, distinguir valores e assim por diante. Ou seja, o ato de criticar seria algo que, na maioria absoluta das vezes, nada tem que ver com essa mania, compulsiva e inconsequente, de querer lacrar, cancelar e demais tranqueiras similares.
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Apenas encontramos o real valor de uma pessoa naquilo que ela desperta, e ajuda a aflorar, na vida dos outros, não nos balangandãs que ela diz de si para si e para todos.
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Tudo tem sua razão de ser, tudo, tudinho, inclusive e principalmente essa maneira desmedida, sem eira nem beira, de vivermos a nossa porca vida.
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Dificilmente poderemos levar a luz a todos que vagueiam, perdidos, pelas estradas da vida, tateando nas trevas deste mundo, se estivermos nos borrando de medo de nos queimarmos na realização desta tarefa.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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