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A CRÍTICA DA RAZÃO APAGADA

Recentemente li, no site do Observatório da Imprensa, um artigo de João Pereira Coutinho, que foi publicado em 2010 na Folha de São Paulo. O título do dito-cujo era “Em defesa da Televisão”.   Como sempre, o cientista político português mandou muito bem e, após ler suas linhas em defesa da televisão, pensei: por que não escrever algumas palavras em favor da famigerada Wikipédia? Por que não? Dito isso, sigam-me os doidos, desajuizados e desvairados, nesta modesta empreitada.   Gosto da referida enciclopédia e, confesso, acho engraçado pra caramba ver como muitas pessoas falam com desdém da mesma. Referem-se a ela como se tudo que nela houvesse fosse de procedência duvidosa; duvidosa não, maliciosa. E fazem isso com aquele ar de superioridade postiça que apenas os tontos são capazes de afetar.   Mas, afinal de contas, a Wikipédia merece o nosso crédito? Claro que não. E não merece porque, na verdade, nada neste mundo deveria ser considerado 100% confiável por nós.   Aliás, presumir que

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 49)

Dentro de cada um de nós há um fantástico tesouro oculto, que cada um de nós precisaria conhecer, mas que, infelizmente, todos nós preferimos ignorar soberbamente.   #   #   #   Parem e pensem em tudo aquilo que é dito através do silêncio que interliga todas as palavras que, impensadamente, são regurgitadas por nós.   #   #   #   O campo de batalha espiritual, como todo campo de batalha, é uma grande zona cinzenta, onde não podemos nos dar ao luxo de nos distrair e, muito menos, de nos manter isentos, fazendo pose de superior.   #   #   #   Na guerra espiritual não existe meio termo. Ou estamos juntos às fileiras da luz, ou estamos ao lado das hostes das trevas.   #   #   #   O politicamente correto, com sua mania manhosa de colocar o bom-mocismo acima da verdade, no fundo, não passa de uma ardilosa, e diabólica, perversão da realidade.   #   #   #   Nunca nos esqueçamos que há uma diferença cabulosa entre credibilidade e veracidade.   #   #   #   Muitas vezes, uma verdade, proclamada

SENSEI RONERSON – EM MEMÓRIA

As lições ensinadas pelas artes marciais vão muito além do tatame. Todos aqueles que dedicam a vida ao seu cultivo sabem muito bem disso.   A vida, literalmente, transfigura-se. Somos plasmados pela arte do combate que, de modo sutil, nos ensina a lutar a boa luta contra nossas fraquezas e limitações, todo o santo dia, na arena do nosso coração.   Aliás, como nos ensina o sensei Jigoro Kano, a simplicidade é a chave de toda arte; é a chave da vida.   Sensei Ronerson, que tivemos a felicidade de conhecer, é um exemplo de uma vida, que foi vivida, no calor dos tatames e no riscado estreito do judô, do “caminho suave” e, por isso, enriquecida pela simplicidade que emanava em seu jeito de ser; que era irradiada através do seu modo de ensinar, que tanto inspirava os seus alunos e amigos.   Como nos ensina Miyamoto Musashi, os homens devem moldar o seu caminho, e o senhor, sensei, moldou o seu com maestria.   Muitas são as lembranças que ficam, muitas delas na forma de lições que foram minis

MUITO ALÉM DA BESTIALIDADE

Em uma de suas últimas entrevistas, o historiador José Murilo de Carvalho havia afirmado que tinha perdido a esperança de que, um dia, o Brasil viria a ser uma grande nação e, nessa tertúlia, ele apresentou algumas das razões que o levaram a ter essa visão pessimista a respeito da pátria de chuteiras. Razões as quais, francamente, em muitíssimos pontos, não temos como, nem porque, discordar.   Além do mais, de minha parte, graças ao bom Deus, nunca tive esse tipo de esperança, de querer que o Brasil se torne uma das grandes nações do mundo. Nunca esperei, e não espero. Espero apenas que nós, brasileiros, estejamos à altura dos desafios que se apresentam a nós, reles e anônimos cidadãos, para superá-los com magnanimidade e, se for o caso, que sejamos capazes de sucumbir com altivez estoica.   Uma nação, seja ela graúda ou nanica, antes de qualquer coisa, é apenas uma abstração política se não considerarmos, em primeiro lugar, os homens e mulheres, anônimos e sem grande procedência, que

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 48)

Todo dia é uma peleja. Uma luta soturna com as lides cotidianas, um combate com os imprevistos que surgem em nosso caminho e, principalmente, todo dia é mais uma batalha desta longa guerra contra nós mesmos.   #   #   #   É preciso que abandonemos, de vereda, o trono de soberba que há em nosso coração, para que Cristo possa reinar plenamente em nossa alma.   #   #   #   A Sagrada Escritura é uma janela aberta para os tesouros do Céu, e um espelho que reflete todas as imperfeições que se encontram presentes na nossa alma.   #   #   #   Antes de ficarmos bravos, com tudo e com todos, porque nossos planos não estão saído do jeitinho que a gente queria, paremos um pouquinho e reflitamos a respeito do quão grande é a paciência divina para conosco, que teimamos em caminhar fora do riscado dos planos do Altíssimo.   #   #   #   Sem um voto inicial de renúncia, a educação, de qualquer indivíduo, tornar-se-á débil. Se nos mantermos apegados às nossas ignorâncias, que não são poucas, nenhum cami

DRAMAS, TRAMAS E TRETAS

Roger Bastide, nos chama a atenção para o fato de que não é suficiente ter um razoável conhecimento dos conceitos e teorias das ciências sociais para se compreender esse nosso Brasil brasileiro. Para realizar essa empreitada, segundo ele, é necessário que se tenha uma alma de poeta.   Bem, o que fora afirmado pelo sociólogo francês, em seu livro “Brasil – terra de contrastes”, na verdade é válido para todo e qualquer agrupamento humano, não apenas para a nossa brasílica sociedade.   O mundo, admitamos ou não, é muito mais complexo e profundo que nossos conceitos mesquinhos e teorias furadas a respeito de tudo e sobre todos.   Ora, em toda e qualquer sociedade encontraremos forças antagônicas e, essas belezuras, para o desgosto de marxistas, liberais, conservadores e tutti quanti, não se encontram perfeitamente esquadrinhadas em modelos teóricos pré-concebidos, onde cada um dos entes sociais encaixasse direitinho em um quadrado conceitual pré-fabricado.   Feliz ou infelizmente, esse tre

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 47)

Qualquer abuso de poder é um atestado de pusilanimidade.   #   #   #   A gratidão é um fruto da grandeza, não de almas secas e apequenadas.   #   #   #   Não é o povo que existe em função do governo; é o contrário. E se as coisas não seguem esse riscado, é porque há algo de muito errado com os governantes e, principalmente, com aqueles que por eles são governados.   #   #   #   A mente ociosa permite-se, tolamente, ser subjugada por seus próprios demônios e fantasmas.   #   #   #   Qualquer um que acredite apenas em “inquestionáveis verdades científicas”, na real, não sabe em que consiste a prática científica, ignora o que seja a procura amorosa pela verdade e, é claro, não compreende porque o ato de questionar é imprescindível para se perscrutar a verdade e realizar uma investigação orientada cientificamente.   #   #   #   A letra da lei, com o beneplácito dos doutos, tritura sem dó todos aqueles que se esforçam para caminhar no seu riscado e mima, desavergonhadamente, todos aqueles q