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REFLETINDO A PARTIR DA ORAÇÃO DOMINICAL # parte 02

Muitas das coisas que fazemos, com relativa frequência em nossa vida, acabam sendo feitas muitas vezes com pouco zelo e, assim o é, não tanto por má vontade de nossa parte ou por conta de qualquer coisa do gênero, mas sim, porque nós acabamos nos acostumando a tomar como referência apenas aquilo que é socialmente aceito como sendo "o ideal”.   Poderíamos colocar no centro das nossas reflexões inúmeras atividades realizadas por nós e, em todas elas, em cada uma delas, acabaríamos identificando algum grau de falta de zelo de nossa parte que se faz presente na execução de cada uma.   De todas as atividades que realizamos com relativa frequência, temos a oração que, muitas vezes, fazemos, como se diz, “de qualquer jeito”. Sim, nem sempre, mas, infelizmente, muitas vezes é bem desse jeito.   Tal situação, que se faz presente em nosso coração, em muito se deve à falta de humildade que impera em nosso peito, mesmo que não reconheçamos isso, mesmo que não admitamos que tal carência esteja

REFLETINDO A PARTIR DA ORAÇÃO DOMINICAL # parte 01

Todos nós recitamos a oração dominical, o Pai Nosso. Às vezes com pressa, outras vezes meio que a contragosto e, em muitas ocasiões, com paciente devoção. Seja como for, a oração que nos foi ensinada pelo Senhor está nos lábios de todos nós e no coração de muitos.   Cada uma das petições que são recitadas por nós, ao entoarmos essa oração, trazem consigo uma série de ensinamentos que se fazem presentes, de forma discreta, em cada uma das suas palavras para, deste modo, poder de forma sutil, tocar o solo árido do nosso peito e, se assim permitirmos, germinar e dar bons frutos em nossa vida.   Tais ensinamentos, foram apontados e comentados por inúmeros autores. A lista é bem graúda e, por isso mesmo, não iremos engordar essa escrevinhada com um parágrafo cheio de nomes, mesmo que esses sejam de grande quilate.   Os autores que se dedicaram a essa empreitada, com muito esmero e devoção, com base na Tradição, no Magistério, na Escritura - e com o auxílio da Graça divina - procuraram indag

O GRANDE COMBATE

A oração, como dizem os simples com sua sabedoria, é o alimento da alma. Os santos dizem o mesmo e, até onde sei, o conselho dos primeiros, e bem como a instrução dos segundos, são uma verdade cristalina que somente os avoados fazem questão de ignorar.   Mas a oração não é apenas o alimento da alma. Ela é muito mais do que isso. Ela também é um combate, uma peleja que somos convidados a travar todo santo dia contra os nossos impulsos animalescos, contra as nossas concupiscências, contra os subterfúgios do mundo que nos arrastam para os abismos da perdição e, é claro, contra aquele que é nosso inimigo desde o princípio.   Por ser uma luta diária, a oração exige de nós uma boa dose de disciplina e da consequente e indispensável constância advinda dela. Constância e disciplina que, juntas e bem misturadas, formam aquilo que os santos padres do deserto chamavam de ascese.   Bem, aí está um conceito pra lá de interessante. Ascese era, desde os idos da Grécia antiga, a prática de exercícios

RABISCOS E BORRÕES DE UM CADERNO VELHO (p. 01)

Não há - não tem como haver - boa intenção onde não existe amor pela verdade. (15/12/2021)   #   #   #   Onde não há limites claros não existe a menor possibilidade para realizar a tal da educação. E se alguém diz que não entende a razão da afirmação dessa obviedade ululante é porque, além de ter um entendimento estragado a respeito da questão, possivelmente está com o seu coração cheio, até a tampa, com as mais tortas e cínicas intenções. (15/12/2021)   #   #   #   Tamanho é o caos mental que impera em nossa época que, para muitos, o amor à verdade é entendido como sendo um perigosíssimo discurso de ódio. Já para outros, o despeito histriônico seria sinônimo de uma refinada erudição. E há aqueles que, diferentemente desses dois trens fuçados, creem que a moderação afetada seria o suprassumo da prudência. (15/12/2021)   #   #   #   Para as mentes criticamente críticas, o amor à verdade seria apenas e tão somente uma invencionice tão reacionária quanto perigosa. (15/12/2021)     #   #  

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 09)

Um caboclo mau, uma vez ou outra, até pode fazer algo de bom; porém, um sujeito covarde, não apenas jamais fará algo bom, como também dificilmente, algum dia, irá realizar alguma coisa que preste.   #   #   #   As únicas coisas que ficam em cima do muro são as cracas e os cacos. Ou seja: nada que preste.   #   #   #   É fácil pra dedéu ficarmos, num canto qualquer, tecendo comentários mil sobre a "indubitável" paspalhice manifesta pelos outros, especialmente se os paspalhos da vez forem nossos desafetos e, é claro, quando tomamos como referência isolada, para tecer tais comentários, nossa suposta superioridade em relação a eles. Agora, a porca torce o rabo, e torce bonito, quando somos forçados pelas circunstâncias [sempre por elas] a encarar de frente esse tipo de impostura de nossa parte e termos de admitir, a contragosto, o quanto que nós somos patéticos, escandalosamente patéticos, patéticos pra dedéu.   #   #   #   O ato de criticar algo se refere, especificamente, a cap

LATIDOS, LATIM E OUTROS BICHOS

Há determinados chavões, repetidos de forma exaustiva, que maliciosamente encobrem uma montoeira de maus hábitos que são zelosamente cultivados por nós. Um desses chavões, sem dúvida alguma, é a palavra “crítica” que, literalmente, é usada para tudo, inclusive, se duvidar, como supositório, menos, infelizmente, para indicar aquilo que ela de fato se refere.   Dito isso, troquemos em miúdos: uma crítica, antes de qualquer coisa, é um ato de apreciação. Aliás, como bem nos lembra Nicola Abbagnano e José Ferrater Mora, se formos procurar a origem da referida palavra, iremos constatar que a dita cuja vem do grego e se refere, especificamente, a capacidade de emitir julgamentos, de separar e classificar situações, de selecionar problemas e propor soluções para os mesmos, de peneirar miudezas e grandezas, de distinguir valores e assim por diante.   Ou seja, o ato de criticar seria algo que, na maioria absoluta das vezes, nada tem que ver com essa mania, compulsiva e inconsequente, de querer

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 08)

Tudo nesta porca vida tem sua hora. Tudo, tudinho. A encrenca toda começa quando nos damos conta de que nós acabamos, na maioria das vezes, reconhecendo a dita cuja da hora certa muito tempo depois que ela já passou e se empirulitou. Passou e se foi de uma vez por todas para se perder em definitivo nas brumas do tempo, que não volta mais, e do arrependimento, que não nos deixa em paz.   #   #   #   Quem diz que lê qualquer coisa, inclusive bulas de remédio - na falta de algo mais interessante para deitar as suas vistas - com o perdão da palavra, esse tipo de caboclo bem provavelmente está mentindo descaradamente, porque todo aquele que realmente gosta de ler não procura ler qualquer coisa só para dizer que está sempre lendo algo. Quem realmente devota-se à leitura sabe que nem tudo que é riscado numa folha merece a atenção dos nossos olhos. Não apenas isso. Quem de fato gosta de ler sempre tem algo interessante consigo para deleitar as suas vistas e para alimentar a sua alma.   #   #