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O TEOREMA DE HOMER SIMPSON

Muitos já disseram, e com razão, que as virtudes não podem ser ensinadas mediante lições e, muito menos, pelo intermédio de uma escrevinhada cansada como essa porque, as virtudes, devido a sua natureza específica, apenas podem ser bem apreendidas, compreendidas e assimiladas através da dramaticidade de exemplos, digo, de vidas exemplares.   Bem, por ser petulante até a medula, e teimoso feito uma mula, irei, mesmo assim, escrevinhar algumas palavrinhas sobre elas, as virtudes, não com a pretensão de ensiná-las com minhas pobres palavras mal escritas, mas apenas para lembrar do papel fundamental que esses trens têm na formação da nossa personalidade e, consequentemente, na edificação do nosso caráter.   E, assim o é, porque as virtudes, por sua própria constituição, fortalecem o indivíduo para o cumprimento de suas ações, dando forma ao propósito de sua vida, atingindo a excelência a qual se destina.   Dito de outro modo, todos nós, em nossas lides cotidianas, estamos semp

[livro] A ARTE DE LER - Mortimer J. Adler.

"Clássico dedicado aos estudantes autodidatas. O filósofo americano Mortimer Adler trata dos propósitos da escolaridade como um processo de auto governo. A mente pode ser aperfeiçoada de três maneiras: através da aquisição de conhecimento organizado nas áreas fundamentais do estudo humano, por exemplo, na língua, literatura, belas artes, matemática, ciências da natureza, história, geografia, e ciências sociais; através do desenvolvimento de competências intelectuais, por exemplo, competências de leitura, escrita, oralidade, escuta, observar, medir, estimar e calcular; e através do aumento do entendimento e apreciação estética. O ênfase ao longo deste currículo deve ser no estudo individual, na construção de um vocabulário comum de ideias, e a passagem de uma aprendizagem simples para uma mais complexa". A ARTE DE LER - Mortimer J. Adler. Fonte:  https://elivros.love/

DA VERGONHA AO TERROR

O ESCRITOR ISRAELENSE Amos Oz, certa feita, quando tinha sido perguntado sobre os procedimentos que adota para escrever, disse que mantém em sua mesa duas canetas. Uma azul e outra preta. A azul ele utiliza quando quer escrever algo agradável e a preta para xingar o governo. Ou seria o contrário? Bem, imagino que a ordem das canetas, nesse caso, não altera a escrevinhada. De mais a mais, não é disso, exatamente, que pretendo escrevinhar. Ou seria? Não sei. Vamos ver.   O “X” da questão, no ato de escrevinhar qualquer coisinha para que outras pessoas possam deitar suas vistas, não é, em meu ver, o impulso para bajular ou a inclinação para insultar. Pode parecer estranho o que afirmo, mas, como reza o dito popular, a malícia não está tanto na boca, ou na pena, mas sim e principalmente, no ouvido e, nesse caso, no zóio de quem lê.   Em se falando nisso, ocorre-me o que fora declarado, há muitas primaveras, pelo escritor goiano José J. Veiga, sobre seus livros. Segundo ele, suas

É MUITO MELHOR

  Fim de tarde. Cá estamos nós regressando para o aconchego do nosso lar, dedilhando as contas do rosário numa das mãos, pensando nos sorrisos da filharada, no olhar oblíquo da mulher amada e, é claro, naquela xícara de café, sem açúcar, que será devidamente degustada por nós.   O céu troveja, de leve, o que nos obriga a apertar o passo para que não cheguemos em casa inteirinho molhado. São Pedro é generoso e espera que cheguemos em nosso rancho antes de começar a fazer as nuvens se derramarem sobre a terra.   Xícara na mão, computador aberto diante de nossas vistas com a tela em branco, esperando que nossos dedos comecem a bailar sobre o teclado para que verta de nossos nervos uma escrevinhada que tenha alguma valia.   Paramos para tomarmos um gole de café, ouvindo o roncar do céu em misto com os zunido das motos que passam perto de onde estamos e, em meio a isso, lembrei-me que, numa das cartas que compõem a obra “A Barca de Gleyre” de Monteiro Lobato, ele confidenciou

PARA ALÉM DA INTOXICAÇÃO IDEOLÓGICA

Durante muito tempo em nosso triste país, ser chamado de conservador era uma forma [retórica e rasa] de insultar uma pessoa cujo espectro político não estava alinhado com os passos turvos que eram reinantes no meio bem pensante.   Em muitos círculos deste feitio, rubro, até hoje é assim.   Bem, seja ontem ou hoje, o termo conservador levanta muitas querelas, sem que seja – necessária e devidamente – claramente definido e razoavelmente compreendido.   Aliás, se perguntarmos para nós mesmos quais seriam os grandes nomes do pensamento conservador que nós conhecemos e, por que não, estudamos, com toda certeza não virá nenhum nome em nossa mente. No melhor dos casos, pode-se citar o nome de uma e outra figura que esteja sendo, no momento atual, apontado [a contra gosto] no cenário cultural e político como tal o que, por si, demonstra que não apenas não sabemos claramente o que seria o tal do conservadorismo, como também indica que ignoramos o que seja uma tradição intelectual.   Noves fora

[livro] JOSÉ: ESPOSO DE MARIA - Federico Suarez

"Não é fácil escrever com fundamento sobre São José, o último patriarca, artesão de Nazaré e esposo da Virgem Maria. Qualquer historiador sabe que é impossível fazer história sem fontes, pois não se pode ultrapassar o nível da simples conjectura. E quando os dados que existem são escassos, pode-se traçar um esboço, enriquecido com a ajuda de uma ambientação adequada, mas este esboço nunca pode chegar a ser nem sequer uma breve biografia". [livro] JOSÉ ESPOSO DE MARIA - Federico Suarez Fonte: https://alexandriacatolica.blogspot.com/

DEVEMOS TER OUTRAS EXIGÊNCIAS

  Há uma historieta muito bonita que se encontra presente nas páginas da obra “O livro dos abraços” de Eduardo Galeano. A referida história é mais ou menos assim: havia um garoto chamado Diego, que não conhecia a imensidão do mar. Seu pai, um tal de Santiago, levou o menino para o sul para apresentar as águas do imenso azul.   Chegaram ao seu destino depois de uma longa viagem, porém, de onde eles estavam não dava para ver nem a praia, nem o mar, não dava pra ver nada, pois existiam imensas dunas que separavam eles da visão da vastidão do reino de Netuno. Logo, colocaram-se para caminhar e começaram a escalar os colossos de areia, até que chegaram ao topo e, pai e filho, toparam, lá do alto, com a visão daquele azul sem fim.   O menino, tadinho, ficou sem palavras, com cara de besta, mudo diante de toda aquela boniteza, até que, finalmente, meio trêmulo, gaguejando, disse ao pai: “me ajuda a olhar”.   Me ajuda a olhar. Essas são as palavras de uma alma inundada de humilda