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UMA VERSÃO MALACAFENTA DE NÓS MESMOS

A vida não é estática, por mais atarracada que seja a nossa maneira de encará-la. Ela é dinâmica, como nos lembra José Ortega y Gasset, e está em constante fluxo e refluxo, bonança e agitação, conforme as nossas decisões e frente às circunstâncias que se apresentam a nós.   Saber compreender e assimilar as circunstâncias da vida é a chave para que nos tornemos cientes das oportunidades e obstáculos que estão latentes e, principalmente, para nos tornarmos mais conscientes da pessoa que estamos nos tornando através das decisões que tomamos todo santo dia.   À primeira vista essa é uma tarefa simples por demais, porém (porque sempre há um porém), o nosso coração vive em desassossego, inquieto consigo, com tudo e com todos e, tal inquietude, é malandramente instigada pelo estilo de vida modernoso que levamos.   Aceitamos de bom-grado ser bombardeados com informações de relevância duvidosa, informações essas que chegam até nós pelas ondas da grande mídia, das redes sociais e d...

TRÊS [QUASE] POESIAS

Os pássaros cantam, Gorjeiam sem parar, Porque belo é O seu cantar. Os homens trabalham, Lavoram sem cessar, Porque penosa é a trilha Do seu caminhar.   22/12/2024   #   Se a pátria é amada A alma do povo Para protege-la Deve estar armada.   22/12/2024   #   Domingo Tenha sol Ou faça chuva À Santa Missa Certamente Eu vou. 22/12/2024

QUANDO A LUZ DO FAROL ESTÁ FOSCA

A verdade para ser ouvida precisa da nossa voz. Enquanto permanecemos calados, ela permanecerá silente. Se não aprendermos a ouvir os seus sussurros nos átrios do nosso coração, não poderemos vê-la cantando de mãos dadas com as nossas palavras.   #   #   #   Bem-aventurados são os cidadãos comuns, de todos os tempos e de todos os lugares, que são os injustiçados construtores da fortuna alheia, da riqueza de alguns poucos que parasitam o suor sagrado de todos os cidadãos comuns, de todos os lugares e de todos os tempos.   #   #   #   Uma grande nação não se faz com recursos naturais abundantes. Uma nação, digna de ser reconhecida como grande, começa com pessoas que se engajam, com toda energia do seu ser, para se tornarem grandes produtoras de felicidade, servindo ao próximo de forma gentil e amorosa.   #   #   #   Um estadista jamais será a soma de um punhado de promes...

A VIDA COMO ELA É

Todos queixam-se que a vida está acelerada. Todo santo dia é a mesma coisa, aquela correria que invade a olhar sem pedir licença, acomodando-se em nossa alma sem a menor cerimônia.   Os dias voam, mesmo não tendo asas. As horas se dissipam feito fumaça de cigarro, levando os momentos que dão forma, cor e sentido à nossa jornada por esse vale de lágrimas.   E o trem descamba de vez quando nos aproximamos dos dias em que as cortinas, de mais um ano que se despede, se fecham, sem deixar ao menos um bilhetinho de despedida sobre a mesa.   Nestes dias, o coração bate mais forte, o suor corre num passo frio pelos sulcos rasos do nosso rosto, desejoso de tornar-se um caudaloso rio.   E nesse açodamento de querer fazer não-sei-quê que toma conta do nosso ser, acabamos ficando indiferentes ao amor, insensíveis a dor dos nossos semelhantes, apáticos diante da realidade que invade nossa vista, impassíveis perante a nossa própria humanidade, indolentes diante da majestade de Deu...

ENQUADRADO

Ao que parece O general foi preso Por um crime Que não cometeu. O tonto fardado Subestimou A maldade dos Vermelhos; Soberbamente desdenhou O conselho do Filósofo Que no ostracismo Morreu E, por isso mesmo, Deu no que deu.   14/XII/2024.

MUITO ALÉM DO GETSÊMANI

Manter-se vigilante, eis aí uma das lições que o Tempo do Advento nos apresenta. Lição que, infelizmente, entra ano, sai ano, nós insistentemente deixamos pra depois. Um depois que nunca chega.   Cristo, no horto das oliveiras, conclamou os apóstolos a orarem com Ele e a manterem-se vigilantes. Bem, todos conhecemos o fim desse episódio. A rapaziada pregou os olhos enquanto Jesus, em agonia, orava.   Ao falarmos em vigília, não estamos aludindo aos desafios que a vida nos apresenta em seus caminhos e encruzilhadas, referimo-nos às sedições e seduções que se fazem presentes no âmago do nosso coração que, por pura distração de nossa parte, vira e mexe, acabam por ditar o rumo e o prumo dos nossos passos.   Ora, quantas vezes tomamos decisões tontas por termos dado ouvidos aos nossos caprichos, medos, ressentimentos e desejos desordenados? Com toda certeza o número não é miúdo. Aliás, nós realmente refletimos sobre isso? Pois é.   Sim, somos muito mais impulsivos que re...

QUANDO A ESMOLA É GRANDE, O SANTO DESCONFIA

Havia um viajante, que rodou por um bom tanto do mundo. Conheceu muitos países, conviveu com muitas pessoas e, inclusive, esteve aqui nesta pátria de chuteiras.   De cada lugar, de cada povo que conheceu, procurava registrar algumas observações e tomar nota das lições que aprendeu. Daqui do Brasil, entre inúmeras coisas que lhe chamaram a atenção, há uma que é, no mínimo, curiosa.     Diz-nos ele que em todos os lugares por onde passou, reparou que as pessoas procuravam imitar algo ou alguém com a intenção de se tornarem melhores. Ou seja: a imitação seria um meio para aprimorar-se, não um fim em si mesmo.   Agora, aqui no Brasil, a pegada é bem diferente. Nestas plagas, segundo ele, as pessoas também mimetizam algo ou alguém, porém, aprimorar-se não era a intenção. Elas contentavam-se com a mera imitação de qualquer coisa que lhes parecesse chique, sofisticado ou “importante”.   Ora, é de longa data que em nosso país se valoriza muito mais a superficialidade ...