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REFLEXÕES EM TORNO DO QUIXOTISMO ESQUECIDO

Negociar é a arte de saber ocupar e ceder espaços; é a arte de saber quando avançar intrepidamente e quando recuar estrategicamente.

 

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A pressa é inimiga da nossa compreensão, e a maior aliada dos nossos piores inimigos.

 

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Todo intelectual, seja de direita, de esquerda ou isentão, tem um “Q” de ressentimento em seu coração. E quanto mais o sujeito nega esse fato, maior é esse “Q” de amargura recolhida.

 

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Terceirizar um problema é lavar as mãos com a água suja da própria displicência.

 

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Alguém que entrega nas mãos de terceiros a responsabilidade pela sua família pode ser considerado uma boa pessoa? Logo, pode se dizer o mesmo de políticos e burocratas que lavam as mãos e entregam a terceiros o futuro das tenras gerações.

 

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Os problemas do sistema educacional brasileiro não estão entre a estatização e a privatização. As encrencas que atravancam o sistema de ensino do nosso país estão muito além disso. Mas, infelizmente, burocratas, políticos e sindicalistas não querem nem saber de voltar os seus olhos para esse fato ululante.

 

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No Brasil, apenas 16% da população adulta comprou ao menos um livro nos últimos doze meses, enquanto 84% da galera não comprou nenhum livro, nenhum, no mesmo período. E o mais curioso é que todas essas pessoas tem uma opinião “muito sólida” sobre o que deveria ser feito para melhorar a educação das tenras gerações.

 

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela - professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de “REFAZENDO AS ASAS DE ÍCARO”, entre outros livros.

https://lnk.bio/zanela




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