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NO ALTAR DE ANÍBAL BARCA

E, do nada, aparecem boleiras de alminhas dizendo que são o mais puro amor e que, do alto de sua doçura ideológica, irão revidar todos os "ataques e agressões" com amor e emojis de coraçõezinhos.

 

Qualquer pessoa desavisada poderá ter a impressão de estar diante de uma multidão de “filhos de Gandhi”, adeptos da não-violência e piriri e pororó. Só que não.

 

Na verdade, temos alguns pontos que devem ser esclarecidos sobre essa turma. Primeiro: o que essa galera do “bem” e do “amor” chama de [supostos] ataques e agressões nada mais é do que uma crítica, um contra argumento, um perigosíssimo meme e, em alguns casos, uma cruel verdade inconveniente que lhes é apresentada. É isso que essa gente, com suas dissimulações e simulacros mil, chama de agressões e ataques.

 

Segundo ponto: já viram como é a reação “amorosa” manifesta por essas pessoas que juram, com os pés juntos, que não mais querem um “Brasil do ódio”? Então, são justamente essas figuras que, sem a menor inibição, destilam sua bile e todo o seu rancor contra todos aqueles que não concordam com elas. É um trem cômico de se ver. Tragicômico.

 

Na verdade, se pararmos para prestar a devida atenção, iremos perceber com cristalina clareza, que aqueles que dizem meigamente que defendem uma maior tolerância em nosso país, são justamente os que semeiam o intolerável entre nós com atitudes desonradas contra aqueles que discordam deles. Pois é. Eles toleram tudo, menos que pensem de uma forma diferente da deles.

 

Não apenas isso. Essas figuras, figurinhas e figuraças, que dizem ser contra toda ordem de discursos de ódio são justamente aqueles que, como dizem, “viram num bicho” quando percebem que alguém realmente conhece os fatos que desmascaram a versão farsesca que eles defendem com unhas, dentes e “textões”.

 

Enfim, em período eleitoral, feliz ou infelizmente, é normal que os ânimos se alterem. Porém, chamar a exaltação dos desafetos de “discurso de ódio” e a histeria coletiva dos seus partidários de “sementes de amor”, com o perdão da palavra, é um problema sério, muito sério, de falta de caráter e de “otras cositas más”.

 

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

https://sites.google.com/view/zanela

 

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