# 037 Quando a chuva, matreira, Se derrama nas folhas altivas, Da imponente castanheira, De forma intensa e amiga, No âmago da alma envelhecida, Abre-se uma amistosa clareira, De luz cristalina, curativa, E, de uma singular maneira, Lava as antigas feridas Que foram adquiridas De forma dura e fria, Ou de forma despercebida, Com o passar das noites e dias, Entre lágrimas e alegrias. # 038 Fugir da verdade É viver a vida Pela metade. # 039 O estudo pode até Na vida, não ser tudo, Mas viver a vida Desdenhando O dito-cujo, É o trem pra lá De estúpido. # 040 A grande mídia É uma farsa Uma piada infame E sem graça. # 041 A poesia não é E nunca será Uma coisa útil Ou algo que o valha E, por isso mesmo, Por sua inutilidade Sem igual Ela sempre foi E para sempre será Algo fundamental. # 042 De um modo geral Os titulares do poder Com sua cara de pau E sem a menor moral Que amam ficar Três por quatro Praticando o mal Com todos e com tudo Não são, na real, Os sujeitos Que gov