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A ALGAZARRA QUE IMPERA EM NOSSO CORAÇÃO

Uma das peculiaridades do mundo atual, nessa tal da “Era da Informação”, é que todos nós, cada um ao seu modo, procura falar o mais alto possível para que tudo e todos ouçam o nosso brado bárbaro que encontra-se engasgado em nossa goela.   Falamos tão alto, com caracteres desmesuradamente furiosos, por meio de postagem insensatas, que as pessoas, de um modo geral, não conseguem ouvir o que estamos querendo dizer. Na verdade, na maioria das vezes, nem mesmo nós conseguimos nos ouvir com um mínimo de clareza, tamanha é a algazarra que impera em nosso peito.   O fluxo contínuo de publicações repetitivas, com pretensão informativa, é tamanha que acabamos ficando meio que atordoados, sem saber ao certo que direção devemos tomar em meio ao furdunço no qual estamos imersos.   Pior! De tanto termos nossa atenção sendo puxada para toda e qualquer direção, acabamos nos perdendo de nós mesmos. E nos perdemos feio.   Isso não significa, de modo algum, que o tempo atual no qual vivemos seja ruim do

REFLETINDO A PARTIR DA ORAÇÃO DOMINICAL # parte 05

A vida humana é uma sucessão de crises. Desde o momento da nossa concepção, até o instante da nossa partida deste vale de lágrimas, não há um só dia em que não estejamos navegando pelas turbulentas águas agônicas do existir.   Ao afirmar isso, é importante termos em mente que a palavra crise, como bem nos lembra Mário Ferreira dos Santos, significa separação, abismo, decisão e julgamento. Deste modo, o referido filósofo, em sua obra “Filosofia da Crise”, nos lembra que toda atividade do existir é necessariamente seletiva. Todas elas, cada uma delas.   Sendo assim, podemos dizer que todas as crises, pessoais e societais, momentâneas e históricas, de certa forma procuram abrir os nossos olhos para o espetáculo do juízo final que, um dia, irá pesar sobre nossas cabeças, como nos adverte São Fulton Sheen. Por essa razão que, em seu livro “A vida faz Pensar”, que as crises, todas elas, não criam nem moldam o nosso caráter, não; elas apenas o revelam.   E por mais essa razão que necessitamos

SINCERIDADE MACHUCA, MAS NÃO MATA

Uma cena, no mínimo, curiosa, que frequentemente acaba sendo encenada em nossa vida, é aquela onde perguntamos para uma pessoa o que ela pensa a respeito de algum assunto.   Logo após levantarmos a lebre, e ouvirmos nosso interlocutor respondendo, de forma sincera a nossa indagação, dizendo o que ele de fato pensa a respeito, ao invés de ficarmos agradecidos, faceiros da vida, ficamos consternados, sem direção, sem chão.   Mas por que ficamos, assim, com uma cara de tacho mal lavado? Ficamos porque ele, o nosso interlocutor, simplesmente falou o que realmente fervilhava em sua cumbuca e, é claro, não era o que a gente esperava ouvir.   Ora, se nós não estamos dispostos, se nós não estamos interessados em ouvir uma modesta e pequena verdade, dita com sinceridade por uma pessoa, por mil raios e trovões, por que nós perguntamos?   No fundo, e não é tão fundo assim, o que nós realmente queremos nessas situações é que alguém apenas confirme os nossos devaneios e nada mais, tamanho é o grau

O INCÔMODO PROVOCADO PELA VERDADE

Uma questão que, necessariamente, devemos cultivar em nosso coração é: o quanto de verdade nós estamos dispostos a ouvir? O quanto de verdade nós somos capazes de suportar?   Essa pergunta é fundamental porque a verdade, por sua própria natureza, não é composta por um punhado de palavras macias e agradáveis, feitas sob medida, para massagear o nosso ego inflado. Nada disso.   A verdade, invariavelmente, é desconcertante. Ela é demolidora, ela destrói nossas certezas, nossas opiniões e nos convida a ampliarmos nosso horizonte de compreensão.   E começar essa jornada dói, dói muito, porque muitas vezes nos recusamos a abandonar nossa maneira tacanha de ser e de ver a vida, tamanha é a pequenez que agrilhoa e sufoca nossa alma.   Por isso, perguntemos, para nós mesmos, sem medo: o quanto de verdade nós estamos dispostos a ouvir? Quanto? A resposta a essa pergunta, gostemos ou não, revela o quão profunda, ou o quão mesquinha é a nossa alma.   [CADINHO DE PROSA # 15/08/2022] Escrevinhado po

REFLETINDO A PARTIR DA ORAÇÃO DOMINICAL # parte 04

Confiante, reto, ordenado, devoto e humilde. Essas são as cinco qualidades necessárias para uma boa oração, as cinco variedades de sementes que devemos permitir que o Pai, que está nos Céus, semeie em nosso coração para que possamos crescer em espírito e verdade.   Em nossa escrevinhada passada refletimos um cadinho a respeito dessa tal de confiança e, agora, convidamos o amigo leitor para matutar um pouco sobre a retidão.   Procurar a devida medida, aquilo que é devido a cada um, inclusive e principalmente a nós mesmos, é a expressão curta e direta, feito pino de patrola, da virtude cardinal da justiça. Por isso, não é por acaso que uma boa oração deve ser alicerçada nela, pois se nosso papo com o Altíssimo não for reto, se nós não procurarmos medir e pesar aquilo que estamos pedindo aos Céus, nós não estamos, de jeito maneira, pedindo aquilo que realmente nos é devido.   Aliás, como bem nos lembra São Tiago (IV, 03), se pedimos e não recebemos é porque pedimos mal. Ou, dito de outro

REFLETINDO A PARTIR DA ORAÇÃO DOMINICAL # parte 03

Santo Tomás de Aquino nos ensina, de forma curta e grossa, feito joelho destroncado, que toda oração deve ser confiante, reta, ordenada, devota e humilde. Tais qualidades, indispensáveis a toda e qualquer oração, são as colunas centrais do PATER NOSTER.   É claro que, infelizmente, elas não se fazem presentes em nosso mísero coração de geleia rançosa, mas as palavras que dão forma e vida à oração dominical, quando recitadas por nossos impudicos lábios, acabam por semeá-las, lentamente, no pedregoso e inóspito solo do nosso coração.   Para surpresa de zero pessoas, nos falta muitas e muitas vezes a tal da confiança quando vamos recitar essa ou qualquer outra oração. Nos falta, como nos falta confiança em nosso interlocutor neste diálogo que é a oração e, tal carência, acaba revelando a forma manhosa e mimada que puxamos, quando puxamos, prosa com o Criador.   Jamais esqueçamos: rezar é conversar com Deus e, por isso, perguntamos: quando conversamos com uma pessoa, seria sensato de nossa

DIÁRIO DE INSIGNIFICÂNCIAS E INCONGRUÊNCIAS (p. 10)

Escola não é circo. Nunca foi e jamais deveria ser vista como algo similar a isso, porque a sala de aula não é um picadeiro, os alunos não poderiam ser vistos como histriões passageiros e os professores não deveriam ser tratados como arlequins, todavia, mesmo assim, o sistema educacional insiste em afirmar o contrário, infelizmente.   #   #   #   Toda autoimagem é um poço sem fundo de autoengano.   #   #   #   Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Marx e o marxismo não.   #   #   #   Todos os povos, com seus dramas e histórias, sempre tem algo a nos ensinar, inclusive aqueles povos que não ocupam um lugar de destaque junto a orquestra das grandes civilizações.   #   #   #   Imposto é roubo, monopólios são uma baita sacanagem, oligopólios globalistas são a mais pura e decantada indignidade, oligarcas de todos os naipes sempre foram, e sempre serão, canalhas e, pra fechar a cacheta, o Estado Moderno não passa de uma farsa descarada.   #   #   #   Uma educação que se preze começa com a