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REFLEXÕES ESCRITAS POR ACASO

Não confunda ficha corrida com currículo profissional.   #   #   #   Agir de forma imponderada não é poder, ou empoderamento, é apenas pirraça com alguma justificativa ideológica furada.   #   #   #   Não confundamos, jamais, tempo de permanência em cargos públicos com uma carreira política exitosa.   #   #   #   O peixe apodrece mais rápido quando o apodrecimento começa pela cabeça.   #   #   #   A vida é um sonho em movimento, e a morte um retorno para casa.   #   #   #   O mundo vive atarantado, enquanto a Igreja não tem pressa alguma. Diferente do mundo, a Igreja de todos os tempos, sabe muito bem para onde estamos indo.   #   #   #   Aconteça o que acontecer, o recado de Cristo foi dado, e para sempre continuará sendo ecoado, mesmo que nosso coração esteja fechado para Ele.                                  *   Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela - professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de “REFAZENDO AS ASAS DE ÍCARO”, entre outros livros. https://lnk.bio/zanela

A SUTILEZA E A SOFISTICAÇÃO DAS TIRANIAS

É curioso como a censura atua junto à sociedade. Muitas pessoas imaginam que o “cala-boca” Estatal funciona igual ao “fique-quieto” que ouvimos de um brutamontes, mas não é assim que segue esse andor não. Não mesmo.   Primeiro, antes de qualquer coisa, é importante lembrarmos que nunca um mecanismo de censura apresenta-se como um instrumento coercitivo, que ali está para melindrar os cidadãos. Nada disso, meu bom amigo. Nada disso.   Todos os mecanismos de controle de circulação de informações sempre se apresentam como algo que veio para “restabelecer a verdade”, “esclarecer os fatos” e, é claro, para “salvaguardar as pessoas contra as inverdades e insídias” que são espalhadas por pessoas perigosíssimas que querem apenas confundir os indivíduos e derrubar as bases institucionais da nossa sociedade.   Enfim, é sempre a mesma conversa furada, porém, as diferentes circunstâncias exigem, que essa velha conversa mole, seja travestida com novíssimos trejeitos e maneirismos, para melhor ludib

AS PEDRAS QUE ESTÃO NO MEIO DO CAMINHO

Burocracia é o subterfúgio mais do que perfeito para fugirmos das consequências das nossas imponderadas decisões.   #   #   #   Nunca diga que dessa água nunca beberei porque, todo mundo sabe que você já bebeu e que, se preciso for, beberá de novo e com muito gosto.   #   #   #   Brincadeira tem hora e tem lugar. Politicagem não é brincadeira, logo...   #   #   #   Todo candidato mente, da mesma forma que todos os eleitores; ambos, políticos e eleitores, fingem crer nas palavras que regurgitam nas orelhas dos outros e confiam, com um pé atrás, nas que são vomitadas em seus ouvidos. E assim segue a democracia.   #   #   #   Se, de fato, a política é a mais nobre das artes, não devemos nutrir grandes ilusões a respeito das demais.   #   #   #   Todos os povos têm os heróis que merecem, porque eles bem refletem o que há em seus corações.   #   #   #   O heroísmo não se distingue pelos aplausos fáceis que são derramados pelas massas, mas sim, em fazer o que é certo diante dos céus, indepen

OS ESCRAVOS DO TEMPO

Grande parte da cultura popular é forma tosca de propaganda do passado: autoritária, atrasada e brega A palavra "propaganda" tem mau nome. Difícil discordar. O século 20 não foi um passeio no parque. E o totalitarismo provocou milhões de cadáveres tendo na propaganda um aliado mortal. Verdade: se entendermos por propaganda o uso da arte para veicular ideias religiosas, políticas ou sociais, grande parte da história da arte é um exercício contínuo de propaganda. Mesmo a máxima "a arte pela arte" é uma posição política, ou então apolítica, que não atraiçoa o proselitismo original. Mas a "propaganda" que conta é outra: o uso da arte, sim, para disseminar ideologias de dominação. E, nesse quesito, como esquecer a Alemanha nazista ou a União Soviética comunista? Na Alemanha, a propaganda do Reich fez-se a dois tempos: por um lado, destruindo a "decadência" modernista e a sua mensagem de "degeneração" e "negritude"; por outro, promo

REFLEXÕES ENTRE O SILÊNCIO E O GRITO REPRIMIDO

O olhar de um cão nos revela toda a doçura que falta em nossos corações.   #   #   #   A verdade não está na credibilidade que é atribuída a uma fonte de informação; ela está em nosso coração, na procura sincera por ela.   #   #   #   Tudo que é apresentado e celebrado pela mídia, em pouquíssimo tempo, será esquecido por praticamente todos, inclusive pela própria mídia.   #   #   #   Nomes de ruas e praças são, nas palavras do historiador Pierre Nora, lugares da memória. Mais apropriado seria chamá-los, aqui no Brasil, de lugares do esquecimento, tendo em vista que a grande maioria das nomes que são homenageados em ruas e praças são, para os digníssimos cidadãos do tempo presente, ilustres desconhecidos. Na verdade, ilustres ignorados e esquecidos.   #   #   #   Sem dúvida alguma, a violência é parte fundante da humanidade. Sim, mas a generosidade também o é.   #   #   #   Para infelicidade de todos, lembramos com muito mais facilidade de uma mentira, como se fosse uma verdade inquesti

QUANDO OS ATOS FALAM MAIS ALTO QUE AS PALAVRAS

Retificar as palavras. Eis a primeira atitude que, segundo os “Analectos” de Confúcio, deveríamos tomar para sermos capazes de edificar uma clara compreensão da realidade e, a partir dessa atitude, podermos realizar as mudanças que realmente sejam necessárias em nossa vida.   Vale lembrar que o ato de tornar as palavras retas não é sinônimo de tomar um dicionário em mãos para sabermos o que o mesmo nos diz a respeito deste ou daquele vocábulo. Nada disso. Na verdade e na real, alinhar as palavras é compreendermos que os termos que dão sentido à vida, no momento presente, tem uma relação umbilical com a nossa experiência histórica e que, essa experiência, é eivada de lutas fratricidas pelo poder, silêncios nada obsequiosos e distorções tremendamente maliciosas.   Ora, quando uma palavra é repetida incessantemente, nos mais diversos contextos, e de forma escandalosamente contraditória e frívola, é sinal de que a pobre coitada está sendo esfolada sem dó nem piedade para que possa, inclusi

AS BRUMAS QUE TURVAM O NOSSO OLHAR

Cristóvão Colombo, como todos nós bem sabemos, quando trombou nas ilhas das Caraíbas, nas Antilhas, jurava de pés juntos que havia chego em algum dos cantos das Índias. Tanto o era que, o navegador genovês, inquieto, procurava identificar nos nativos da terra “traços asiáticos” que lhe assegurasse que, de fato, ele teria aportado nas terras do Grande Cã.   O impetuoso navegador empenhava-se nesse vão esforço porque o seu imaginário estava povoado, até a tampa, com imagens e informações a respeito do extremo Oriente; informações essas advindas das narrativas de viagem de Montecorvino, Pian del Carpine e, é claro, de Marco Polo.   Obviamente haviam muitos outros exploradores e viajantes medievais que, entre os séculos XIII e XIV, rumaram pela vastidão da Ásia, singraram pelas águas do Índico, à procura do exótico e de outras coisinhas mais, beneficiando-se da relativa tranquilidade que era garantida pela “pax mongólica” e, todos eles, cada um ao seu modo, relatou as maravilhas que haviam