Existem muitas formas de sermos tontos, em termos políticos. Para isso, a criatividade humana não encontra limites, infelizmente. Uma delas é quando procuramos ver tudo a partir do conforto proporcionado pela sombra de uma bandeira ideológica (ou supostamente ideológica); outra é querermos nos distanciar de tudo, sob a proteção cínica que obtemos quando ficamos em cima do muro; e ambas, cada uma do seu jeito [passional], nos brindam com uma perspectiva bem torta a respeito da realidade e sobre nós mesmos.
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Conheça a ti mesmo. Todos conhecemos essa admoestação que se fazia presente nos umbrais do Oráculo de Delfos. Admoestação essa que nos convida a refletir sobre a nossa humana condição; porém, como bem nos adverte Johann Goethe, se viermos a nos conhecer direitinho, é bem provável que saiamos correndo em desatino, fugindo de nós mesmos.
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Diante da atual conjuntura em que se encontra o nosso triste país, constata-se que apenas os histéricos estão satisfeitos.
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Falemos apenas aquilo que for necessário, quando aquilo que iremos dizer for, realmente, indispensável. Do contrário, já sabemos muito bem o que devemos fazer.
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O filósofo Marco Aurélio em seu livro “Meditações” nos ensina que tudo aquilo que, por ventura, venha a querer impedir a realização de algo que nós queremos fazer deve, necessariamente, ser encarado como algo que pode beneficiar a sua realização. Os obstáculos que aparecem no meio do nosso caminho, não são um desvio, mas sim, o próprio caminho que deve ser trilhado por nós.
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Temperança, em sua essência, é uma força que cultiva-se no interior da nossa alma.
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A disciplina, em sua essência, não é a mera privação que impomos a nós mesmos; é uma conquista que galgamos de forma persistente.
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Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela - professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de “REFAZENDO AS ASAS DE ÍCARO”, entre outros livros.
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