# 008
Se Sócrates bebeu a Cicuta
Para não negar a verdade,
Indo contra a vontade
Da canalhada corrupta,
Se Cristo morreu crucificado
Para com seu sangue nos redimir,
Dos nossos inúmeros pecados,
Se no caminho para Damasco
Um clarão de luz cegou Saulo
Que caiu vergonhosamente do cavalo
Para tornar-se São Paulo
O grande e ousado apóstolo
Daquele que venceu a morte,
Quem somos nós na ordem do dia
Para rir e fazer pouco caso
Daqueles que procuram sem cessar,
Num misto de fervor e agonia,
A luz que há de nos libertar?
Somos a negação daquilo que
Poderíamos um dia ter sido,
Apenas uma pálida sombra
Desprovida de sentido.
# 009
Todo menino mimado e metido
Que torna-se um tirano constituído
Pela batuta da letra morta da lei
Age como se fosse um poderoso rei
Apesar de ser apenas um menino
Mimado, togado e cretino.
# 010
Tombou o velho Nabucodonosor
Depois de ter causado
E espelhado tanta dor
Da mesma forma tombará também
Todos aqueles se negarem
Realizar graciosamente o bem.
# 011
Todos aqueles que temem
Ficar no estado de dúvida
Acabam tornando-se reféns
Da idiotia absoluta.
# 012
Escrevinhar tortas linhas
É uma grande alegria,
Agora, lecionar todo dia
Para mim, é pura poesia.
# 013
Podemos beber civilizadamente
Mesmo que no último trago
Caiamos vergonhosamente.
# 014
Uns dizem que é sorte
Outros tantos que é destino
Quando encontramos pelo caminho,
Que vai além dos umbrais da morte
A pessoa mais do que certa
Para com ela dividir os dias
Compartilhar todas as alegrias,
Tristezas, sonhos e fadigas.
Bem, de minha parte eu digo e repito,
Sem medo algum de parecer ridículo
Que tal fato da vida eu vivo,
E é uma dádiva, uma bênção divina
Tê-la em meu coração e ao meu lado,
Dilvana, minha amada, minha linda.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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