Por conta do politicamente-correto, que entope as veias e artérias da sociedade contemporânea, exalta-se a tal da tolerância como se essa fosse a mais excelsa das virtudes e, tal ufanismo indevido, tem levado os seus cultores a promover toda ordem de ações infames em nome, é claro, da tal da tolerância [dos intolerantes].
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A tolerância é um trem totalmente diferente da misericórdia. Se nós não percebemos a diferença abissal que há entre uma coisa e outra é porque, bem provavelmente, nós somos pessoinhas tremendamente fúteis, intransigentes e cruéis com tudo aquilo que não é acolhido e afagado por nosso intolerável ego militante, que ignora soberbamente o que vem a ser essa tal de misericórdia, que não tem nada que ver com aquilo que, de forma afetada, chamamos de tolerância.
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A misericórdia é intolerante com tudo aquilo que é torto, mas está sempre de braços abertos para perdoar e acolher todos aqueles que vivem uma vida torta.
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A misericórdia acolhe a todos, por isso, ela não aceita tudo.
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Todo lugar onde a tolerância de fachada [dos intolerantes] é colocada acima da verdade, muito rapidamente a tirania passa a imperar com toda sua crueldade, mas, é claro, de forma dissimulada e cínica, com aquele olhar meigo e doce estampado na sua cara deslavada.
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Uma ditadura, nunca se apresenta como tal, sem maquiagem, plumas e paetês; ela sempre se apresenta, com seus tentáculos tirânicos, como sendo uma forma extraordinária, necessária para proteger um “bem maior”. No caso, o bem da camarilha oligárquica da partidocracia que parasita a sociedade.
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A censura nunca se apresenta como algo que vem para calar uma verdade inconveniente para a partidocracia oligárquica, mas sim, como algo que é feito para [supostamente] nos proteger contra as “inverdades” que, ao serem ouvidas, irão prejudicar os donos do poder; digo, “inverdades” que ao serem ditas podem fazer muito mal ao povo e, por isso, a partidocracia oligárquica quer porque quer nos proteger desse perigo com seus mecanismos de “controle social e democrático” de tudo que deve ser calado por eles para o "bem" de todos, mas, principalmente, para a alegria deles.
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É preocupante quando membros de um governo propõem medidas para calar a oposição, para dizer o mínimo. Agora, quando integrantes da imprensa passam a propugnar isso como algo necessário para, pasmem, defender a tal da “democracia”, é sinal de que a vaca sagrada da liberdade já foi pro brejo, com guampa e tudo.
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Muito mais grave que uma mentira deslavada, é a pretensa notícia, cravejada dos pés à cabeça de imprecisões absurdas, que se apresenta vestida com a suposta credibilidade da grande mídia. Mas isso, é claro, a camarilha dos canalhas não chama de “fake news”, não é mesmo?
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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