É necessário, é urgente que criemos vergonha na cara e encaremos de frente as mais duras verdades sobre nós, para depurarmos nossos corações e mentes dos inúmeros enganos e autoenganos que tomaram conta do nosso olhar.
Se não tivermos a pachorra de realizar essa empreitada, continuaremos andando soturnamente em círculos, repetindo os mesmos erros, as mesmíssimas sandices e justificando-as, é claro, com os mais nobres e estúpidos sentimentos.
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Repetir os mesmos erros, justificando-os com nobres sentimentos, não transforma eles em acertos.
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Se você pegar um punhado de atitudes impulsivas e ingênuas e repetir mil vezes, para si mesmo, que tudo isso, junto e misturado, seriam elementos sutis de uma grande estratégia, elas não irão, num passe de mágica, se transformar em um plano de ação digno de um Napoleão Bonaparte. Não seu bocó. Tudo isso continuará sendo apenas e tão somente um punhado de atitudes pueris e irrefletidas, mal e porcamente fantasiadas de cidadania, patriotismo, ou de qualquer coisa parecida com isso.
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A História é uma grande aventura, que sempre se renova, em sua procura incansável pelo cálice sagrado do conhecimento.
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Jamais queiramos exigir que alguém faça por nós algo que, em sã consciência, não seríamos capazes de realizar por nossa conta e risco.
Fazer uma cobrança dessa monta não seria apenas uma expressão macambúzia de leviandade; seria, também e principalmente, uma manifestação de imaturidade [depre]cívica.
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A democracia sempre esteve e sempre estará sob ameaça. Isso é assim desde o seu nascedouro, tendo em vista que o preço que ela exige de cada um de nós é a atenta e permanente vigilância, para defendê-la contra as impudicas garras da vilania que, diga-se de passagem, jamais prega os olhos.
Para tanto, a liberdade de expressão é uma das nossas principais armas e, por isso, qualquer um que ameace cerceá-la, sob a justificativa de supostamente salvar as instituições, no fundo, não passa de um cínico tiranete.
Sim, um tiranete, porque onde a liberdade morre, a justiça degrada-se e a democracia definha, ao ponto delas tornarem-se apenas uma trinca de palavras bonitinhas, vazias e ordinárias.
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Ama verdadeiramente o seu país quem procura conhecer devotamente a sua história, com suas glórias e vergonhas. Agora, aquele que desperdiça seu tempo acompanhando atentamente os burburinhos digitais, com o perdão da palavra, não passa de uma alma sedenta por fofoquinhas políticas, travestidas de notícia, para alimentar suas fantasias amornadas que pouca ou nenhuma relação tem com qualquer sentimento nobre.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
https://sites.google.com/view/zanela
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